25.11.17

Lembras-te, de ti?

novembro 25, 2017 0 Comments
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Ainda te lembras de como eras, quando eras apenas tu, sem planear mais nada que não o que passava por ti? Será que consegues regressar, tão lá atrás, que vejas quem eras realmente, antes de seres quem todos vêem agora?  Tens, alguma parte de ti, sobrou algum resto de pele, toque, inocência ou desalinho, que o tempo não tivesse morto? Ainda te lembras de onde querias ir e ser, mas tu mesmo, sem o que esperavam os que te empurraram, inevitavelmente, para o que acabaste a escolher?

Já desististe? Já abandonaste a viagem ao desconhecido, mas que te saberia pela vida, a que não foste capaz de perseguir? Já arrumaste os sapatos e calçaste o que nem os pés de aquece? Já te conseguiste matar, vivo, enquanto morres dia-após-dia, sem saber o que te prende? Já te ouves, ou nem sequer falas contigo? Já encontraste a quem culpar pela culpa que te cabe?

Não sei do que ainda te lembras, mas se queres que seja algo para manter, sem te esqueceres de ti, só tens que te esforçar...


Vieste...

novembro 25, 2017 0 Comments
So hard & pain with tearful movement.


Vieste, mas demorou, como demora sempre para quem não tem certezas. Levaste o teu tempo a cruzar-te com o meu e ainda não sei o que vamos ter, ou viver!

Tenho bem presente as tuas dúvidas quando te falei do meu passado, de tudo o que ameaçava o presente que queria construir contigo e que te fez fugir uns quantos dias, para pesares o impacto de toda a informação. Tenho bem presente que foi doloroso e te deixou umas quantas dúvidas. Então embora lá fazer o exercício ao contrário. Tantos medos em redor do que fiz antes de ti. Antes de te ver. Antes de achar que serias o homem que me serviria. Tantos medos infundados, porque o outro não me interessava, apenas perturbava o caminho que decidira percorrer. Tantos medos sem pele, sem toque e sem traição... O que posso sentir agora? De que forma vou tirar de mim o que injectaste, com um líquido frio e cortante? Como posso continuar a olhar-te da mesma forma?

O que sei, agora e depois de te ouvir contar quem encontraste e de que forma, é que afinal não sentias como eu. Sei que continuas perdido e sem porto à vista. Sei que pode voltar a acontecer, porque a tua insegurança, tudo o que trazes do passado que não partilhas, te vai pôr a jeito. Sei que gosto demasiado de mim, para me desrespeitar e que já bastou que um de nós o fizesse. Sei que nem todo o amor do mundo me faria continuar a amar quem não me consegue ver, nem reter depois de me ter olhado. Sei o que me ensinaste, a não confiar.

Vieste, mas demorou demasiado tempo, e não pareces ter forma de me convencer que me queres o bastante, para reagires ao que quer que te magoou. Vieste, é um facto, mas já não foi igual...

Tudo se torna fácil quando decides!

novembro 25, 2017 0 Comments
Enantiodromija


Ir, ficar, querer, apagar, juntar ou desmanchar, passa sempre pelo decidir!

Somos seres pensantes, por isso pesamos, medimos, calculamos e ajustamos rotas, mas depois de termos decidido, tudo se encaixa, como que por milagre. Há quem escolha dizer que "nada está tão mal que não possa piorar", já eu, a optimista, escolho dizer que "nada está assim tão mal que não possa melhorar". É apenas um pormenor técnico.

Podemos, se o desejarmos mesmo, transformar uma má escolha numa boa decisão. Podemos mudar de opinião de cada vez que estivermos, realmente errados. Podemos TUDO, até deixar para trás o que não nos sirva, sem arrependimentos.

Tudo se torna fácil quando decides. Quando escolhes por ti. Quando não te deixas arrastar, acabando por te confessar, no final de cada dia, que não está a adiantar.

Já tomei decisões duras, que me revolveram o universo e quase me deixaram no chão, mas NUNCA me arrependi de nenhuma, porque eu entro sempre para ganhar, entro para fazer acontecer, não sou molusco, não me colo ou deixo levar pela água, eu nado de forma vigorosa, para chegar à costa.
Já tomei decisões que me fizeram sentir o fel na língua que mantenho sempre doce, mas depois de cuspir o amargo, não me restaram quaisquer pedaços.

Não sei como ainda se vive sem decidir, deixando que o tempo passe, que a pele se enrugue e que as pernas se recusem acompanhar o ritmo. Não sei como se dorme, mesmo, sonos reparadores, sabendo que não se faz, NADA, que mude o tom e a tonalidade, mantendo-se veementemente infelizes. IRRA, tenham paciência, só nos vamos lembrar desta vida, por isso agarrem os tintins com ambas as mãos, até os que não os têm, e façam-se à estrada, uma vez que seja. Quem sabe não se surpreendem, ganhando alguém que ainda poderá estar do outro lado!

24.11.17

Retiro-me de ti!

novembro 24, 2017 0 Comments
“Não vou abaixar a voz  Sei que as palavras que eu digo  São meus pensamentos em voz alta”  — A Day To Remember


Nunca fui o que se apelida de mulher frágil, inquieta ou sequer preocupada em ser igual a todas as outras. Os meus caminhos têm sido percorridos na direcção dos amores que me movem e quando assim não for, então deixarei de ser quem construí. Nunca me lembro de sofrer, demasiado tempo, por quem não me deixa de coração pronto e capaz de tudo o que ainda tenho para receber. Gosto de ser gostada. Preciso que me conheçam e reconheçam e quando não acontece, desisto.

Não sei o que andas a fazer e o que esperas dos silêncios que me ofereces. Não é bonito que te cales perante o evidente, até porque fui eu que entendi o que nunca foste capaz de admitir. Não é bonito que tomes o meu corpo enquanto beijas a minha boca e estás a pensar noutra mulher. Não é bonito o mistério em exagero, porque a dada altura passa a ser uma penumbra e uma chuva miudinha em dias de muito frio. Não ser. Não estar e não cuidar, é apagar o que quer que tenha acontecido. Não é bonito mudar os ponteiros à bússula e procurares um outro norte enquanto me dirigia a ti.

Voltei a fechar-me, em mim e comigo. Passei a desejar nunca te ter conhecido, porque a seres quem mostras, tornas tudo demasiado pequeno, até o amor que supostamente senti. Voltei a não acreditar na verdade que supostamente os outros carregam, porque as mentiras são muito mais sonoras e reais. Voltei-me para o que já escolhera antes, e que foi cuidar do meu futuro, fazendo o que ainda me tornará maior.

Retiro cada palavra bonita e até os suspiros de prazer que me proporcionaste, quando achei que o que me davas era para mim. Retiro os minutos e horas que te ofereci, porque nunca fui apenas eu e nunca estiveste sempre apenas tu. Retiro a benevolência, porque essa levar-me-ia a aceitar-te de volta e retiro as perguntas que te queria fazer, porque já nenhuma me importa. Retiro-me de ti!


Precisava tanto que fosses tu!

novembro 24, 2017 0 Comments
Mística!! Enigma


Julguei que o meu coração não iria resistir aos batimentos, descompassados, e ao impacto que a tua presença me provocou!

Tanto que esperei pelo momento em que te poderia voltar a olhar, bem dentro, nos olhos que tantas vezes tive tão próximos dos meus e que me passavam o que eras e sentias por mim. Hoje estás aqui, e à distância de um toque vou poder, finalmente, dizer-te tudo o que sobrou, todo o amor que ainda sinto e me mantém viva, à espera.

Eu sei que te imagino, que te vejo onde não estás, que todos parecem ter algo que se assemelha a ti, mas depois chega a desilusão, porque nunca és tu, porque o ano que já passou se transforma em tantos que pareço estar a envelhecer por dentro. Não desisti de ti, não ainda, e mesmo quando me forço a ficar próxima de quem me recorda de ti, sinto que te respiro, que te mantenho vivo e que muito provavelmente todo o amor que te tenho te trará de volta.

Hoje ainda não eras tu, o homem que eu sei que tinha tudo para me dar o que preciso. Enganei-me, os teus sinais na face não estavam lá, o sorriso não era o mesmo, não eras tu. mas se fosses, quem sabe eu não voltaria a viver outra vez, da forma certa, no ritmo que faz de mim a mulher que conheço e que perdi.

Precisava tanto que fosses tu, só desta vez!

23.11.17

Posso tudo quando já amei!

novembro 23, 2017 0 Comments
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Posso até já não chorar, mas não consigo evitar preocupar-me com o que são os que parecem ser de alguma forma, para mim. Posso até saber que continuarei a viver se não estiverem, mas quando reconheço, cada um, passam a ter um lugar cativo, nas memórias e nos lugares que criámos juntos e onde certamente mais ninguém esteve. Posso até convencer-me, porque a isso me obrigo, que não teriam o que me faz falta, mas a qualquer momento, quando estiver demasiado distraída ou muito atenta, vou sentir que não é verdade.

Gosto do sabor que me fica de cada uma das almas que se encontram com a minha. Gosto de ter sido capaz de gostar de todas, à minha maneira, porque foi com elas que mudei o menos certo e adaptei o errado. Gosto de recordar o que tinham, diziam, juravam e recusavam. Gosto de tudo e mesmo que tivesse escolhido não ficar com nada, ficou o que importava.

Tudo o que já foi importante poderá sê-lo, ainda, se conseguirmos recordar-nos do quem, quando e onde. Tudo o que já chamámos de nosso, foi-o realmente, pelo tempo possível e a prová-lo o que somos hoje e conseguimos dar.

Posso até já não chamar o teu nome, mas sei qual é, recordo-me de como o usava e que timbre imprimia para que me sentisses em cada sílaba. Posso até já não te poder sentir, mas ainda permaneces. Posso já não sonhar, diariamente, com a forma como me tocavas, mas na minha pele nenhum outro saberá como o fazer tão bem. Posso muita coisa, mas o que não posso, nem quero, é apagar-te de vez!

Entender ajuda a aceitar!

novembro 23, 2017 0 Comments
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Tudo o que tem nome, ajuda a que se prossiga, ou se pare para sempre!

A Ana e o Pedro nunca estiveram de igual forma na alegada relação. Primeiro começou ele pelo entusiasmo, pelo deslumbramento e curiosidade sobre o ser "estranho" e novo que lhe surgira, com os homens é quase sempre assim. Depois aprendeu a gostar, sentindo-a e saboreando-a, e talvez até tenha conseguido antecipar como seria amá-la, tal como a ouvira dizer, tantas vezes. Os Amo-te soam bem e sabem ainda melhor, por isso saltaram uns quantos da sua boca, mas, e chegou a vez dos mas, quando perdeu a graça, quando a conquista já estava feita, o cérebro voltou a ser um prato de satélite e tudo o que mexia o motivava e fazia virar.

Contra factos nunca haverá  nada a argumentar, porque ninguém poderá, jamais, cobrar o que o outro não sabe dar. E o que o outro já sabe por esta altura,  é que se alguma vez amar realmente alguém, essa já não será ela, a Ana, que até se poderia chamar outra coisa qualquer, porque se não o conseguiu após tanta energia despendida...

A Ana já tinha entendido, há algum tempo, que tinha sido apenas um jogo, que a sua aparente vontade dela se sumiria rapidamente, mas o que continuou sem entender foi como é que se deixou ludibriar. "Sou feita de tudo o que também te compõe, e por isso sinto dor, raiva, e tristeza, mas sou uma resistente e acabei a aceitar-te como realmente te vira até me enganar a mim mesma".

Agora gasta parte do seu tempo a superar a desilusão, canalizando-a para situações produtivas e impedindo-se de deixar de sorrir e de acreditar. Agora acorda sempre mais motivada a tirá-lo de dentro, porque na verdade nunca teria muito mais do que recebeu antes, e foi tão pouco. Agora só precisa que ele se vá, de vez, para que possa recomeçar!