30.7.22

O preço de tudo!

julho 30, 2022 0 Comments



E porque tudo tem um preço, sobretudo emocional, vamos ter que começar a perceber quanto pagamos para sermos nós, para estarmos no nosso lugar e para prosseguirmos na direção a que nos propusemos!

Pagar para manter o que nos mantém, não nos defraudando, não mais do que conseguimos aguentar, certamente que será uma das soluções. A irreverência, a teimosia desmedida e a ideia de que podemos tudo, quando e de cada vez que quisermos, é apenas teórica, porque a vida prova-nos exactamente o contrário. Tudo vem com etiquetas, umas de valor inatingível e outras bem mais acessíveis e possíveis de pagar. Tudo o que conhecemos aqui, neste lugar que é tão nosso quanto o queiramos pensar, deve ser pago e por vezes com a própria vida, não numa morte física, mas numa bem mais dolorosa, aquela que nos esventra a alma e nos desgasta o espírito.

O preço de tudo o que nem precisamos de comprar limita-nos os desejos, os sonhos, os sorrisos e a capacidade de acreditarmos que não ficaremos sozinhos, por isso pagamos e voltamos a pagar, com juros altos, aqueles que se embrulham na venda de nós mesmos. O preço de tudo que alguns vão colocando subindo a fasquia do viver tão alta, que o mais fácil na maioria das vezes é mesmo pagar, sem olhar para trás e seguir como seguem todos.

Pago os meus consciente de que estou errada, mas que no erro pouco mais poderei fazer, porque não me cabe a força do mundo e porque sozinha não terei como o mudar. Sei o preço que pago por me atrever a ir sendo eu, da minha maneira, mas essas contas terei que prestar a mim mesma, mantendo a esperança de que o saldo vá sendo positivo e que pelo menos a alma permaneça comigo e no meu corpo. Pagar até que pago, mas vou exigir igual retorno no investimento. 

A que preço te tens vendido, será que sabes?

29.7.22

Vai devagar!

julho 29, 2022 0 Comments



Vai devagar, chega de mansinho ao teu lugar, mas de forma determinada, a saberes o que importa e quem. Vive mesmo todas as horas, não como se fossem as últimas, mas sim as primeiras, porque os começos têm um sabor especial. Escolhe devagar e segue a tua lista mental, não abdicando de nenhuma prerrogativa, porque se o fizeres acabas com mais do mesmo, cruzando-te com as mesmas pessoas. 

Vai devagar, mas decide rapidamente e não te encolhas perante o que já sabes ser teu e à tua maneira. Vai devagar, mas vai ter com quem te importar e fizer sentido, porque se deixaste de querer esperar, então só pode significar que estás pronto.


28.7.22

Não e não mesmo!

julho 28, 2022 0 Comments



Não carrego o peso dos outros, nem me esforço por resolver o que não me cabe; Não tento compreender para agradar, porque não me agrada que ainda tantos não saibam como se entender; Não me foco na vida que não terei forma de viver e escolho viver a minha tranquilamente e com sabedoria;

Não me volto para trás à procura do que perdi, escolho antes encontrar o que me pertence; Não perco tempo a justificar-me, até porque alguns não saberiam o que fazer comigo depois; Não ofereço a outra face e já estou demasiado longe da santidade, por isso não espero converter ninguém; Não descarrego as minhas dores em quem quer que seja, lambo as feridas, continuo de sorriso em riste e confiante na cura interior; Não magoo para me sentir mais forte, até porque a minha força está na generosidade, mas cuidado, não "cutuquem" a leoa; Não tenho pressa de coisa alguma, mas não permito que me atrasem a caminhada; Não sou muito diferente, nem melhor, sou apenas e tão só igual a mim mesma e essa, se conseguires ver, vais seguramente querer conhecer!

27.7.22

Será que se acreditares consegues?

julho 27, 2022 0 Comments

 


Quando o que te dizem te toca e faz sentido, passas a acreditas em cada palavra, conseguindo superar pequenos, grandes nadas, ampliando a tua disponibilidade, aceitando e incluindo mais um. Os que estão na fase dos recomeços e os que terminaram, achando que não voltariam a desejar ou a serem desejados, entendem do que falo!

Chegamos a uma fase, alguns de nós, em que apenas queremos TUDO, não aceitando menos de nada, mas arriscando a nunca chegar, a nunca ter e a nunca encontrar. Queremos o que não conseguimos ter antes; Queremos emoções que se diferenciem de tudo o resto; Queremos ser apenas nós em tudo o que pertence ao outro e queremos não duvidar, sentindo que nos conseguem entender de cada vez que alguns medos se instalam, mesmo que infundados. Porque é que complicamos o simples? Porque é que magoamos quem nunca nos magoou, abandonando quem nos ama? Porque deixámos afinal de acreditar? Talvez porque tivéssemos permitido que o cinzento do inverno ofuscasse as cores do verão, ou tão simplesmente porque nos cansámos de querer o que ninguém parece ser capaz de dar.

Se acreditar fosse fácil, se ouvir trouxesse os sons que esperamos e se aceitar o outro nos sossegasse... Tantos "ses", os mesmos de sempre! 

Se acreditares conseguesfoi sempre o que me ensinaram e é o que oiço repetir até à exaustão. Se acreditares consegues deixar-te ir, permitindo que pensem um pouco por ti, o bastante para que parte do teu peso, o de querer sempre fazer bem, se aligeire. Se acreditares consegues perceber que haverá quem te queira realmente e precise de te incluir para que fiquem ambos no lugar certo. Se acreditares consegues ser bem mais feliz do que és agora!

26.7.22

Barragem do Castelo de Bode!

julho 26, 2022 0 Comments

Sue Amado´s photo


As noites nunca são iguais, algumas ficam na memória pelos lugares, outras pelas emoções, desilusões, sonhos concretizados e esperas que também desesperam, mas as noites irão sempre acontecer, pelo tempo que cá estivermos.

A pequenez de que NÃO sou feita!

julho 26, 2022 0 Comments


Já há muito que desisti de explicar a sensação que se cola, de forma impiedosa, sempre que tenho razão. Desisti porque a solidão que se instala quando sou desapontada, sabendo que o seria eventualmente, é apenas isso, solitária e demasiado real. Desisti porque sou forçada a aceitar, dia-após-dia, que existem pessoas com uma fragilidade que lhes fragiliza o carácter e a vontade de serem melhores todos os dias. Desisti porque não posso tomar as dores que não me pertencem, mesmo que me magoe a pequenez e a incapacidade de se olhar para o outro, vendo-o. 

Há muito, muito tempo, a escuridão quase que me consumiu e tentou roubar a minha tranquilidade, a que coloco em tudo o que faço, porque a sensação de liberdade que conquistei faz de mim a pessoa que pode verdadeiramente ser livre. Há muito que aprendi a reconhecer os que já não têm salvação, mesmo que os seus graus de perdição ainda me surpreendam. Há muito que passei a conseguir perdoar todos os que não quero no meu caminho, seguindo com o que tenho que continuar a fazer. Há muito que tomei nas minhas mãos o dever de manter seguros os que amo, guiando-os para que também eles saibam o que significa saber quem é importante, amando-os, respeitando-os e oferendo-lhes o tempo que receberão de volta. Há muito que aprendi a dizer NÃO de cada vez que sentir que o que me oferecem não me melhora.

A pequenez de que NÃO sou feita impede-me de ser isso mesmo, pequena, quieta quando deveria estar a esbracejar e revolta sempre que o mar estiver demasiado parado. Agora sou tudo a que tenho direito, porque o que tenho dentro de mim apenas a mim pertence. Agora cumpro as minhas promessas e vou só até onde tenha como voltar, a mim. A pequenez de que NÃO sou feita permite-me ser grande o bastante para não olhar duas vezes para o mesmo lugar escuro e sem vida.

25.7.22

Simple life!

julho 25, 2022 0 Comments

Sue Amado´s photo


Por vezes apetece ser a árvore cujas folhas permanecem, independentemente da estação do ano, ou o sol que nasce e se põe quando é suposto, quer o desejem ou não!

Foi-se embora sem chorar!

julho 25, 2022 0 Comments



Os amores vão e vêm, tal como algumas dores chegam e instalam mas também conseguem sair se as quisermos deixar ir!

Não te agarres ao que não tens forma de mudar e nunca deixes de ser tu nem por uma boa causa, porque igual aos outros, mais do mesmo, não serve, não preenche e no final tem custos demasiado altos.
Não te afogues agarrando a mão de quem se deixa ir para o fundo, salva-te primeiro. Não cries ilusões e não esperes que te vejam se nunca te souberam olhar.

Desta vez ela soube como se ir embora, sem chorar e sem nunca olhar para trás. Desta vez soube libertar-se dum amor destrutivo, porque nem sequer era o dela. Desta vez conseguiu acreditar no que viu, porque para lá do olhar só estava o vazio. 

lentidão dele contrastou demasiado com a velocidade que já imprimira à sua vida e a duas velocidades diferentes ninguém pedala, não para um lugar que valha a pena. Alguém conseguiu finalmente ensinar-lhe alguma coisa e absorveu bem a lição, usando-a como nunca acreditou ser capaz e por isso foi-se embora e desta vez sem chorar, porque percebeu que os amores não se conseguem impor. Ele sentiu que não adiantaria, porque não estava pronto. Conseguiu segredar-lhe um adeus e ficou inerte, quieto, calado, como fizera sempre, sabendo que seria desta vez. Ela sorriu-lhe com a quietude e a generosidade que sempre conseguem ter os que se reencontram e assumem a sua própria felicidade.

Esta história teve um final feliz, o mesmo que tantas precisam para que não se apague a chama que vem de dentro, porque uma vez morta, não haverá forma de a reacender e porque se estamos vivos temos mesmo que saber viver.

24.7.22

A felicidade tem muitas caras!

julho 24, 2022 0 Comments


Não existe apenas uma forma ou formato para a felicidade, ela tem mesmo muitas caras e com cada uma podemos ter tudo, ser tudo e sentir verdadeiramente o que merecemos. A felicidade maior vem da paz que carregamos quando estamos bem connosco e com o mundo que nos interessa. A felicidade está em ti e em ti também, quando és a pessoa que a minha pessoa reconhece.

Sinto-me sempre estupidamente feliz, do acordar ao adormecer, porque sou igual ao meu reflexo e porque reconheço quem está do outro lado de mim quando me olho. Sinto-me pronta para qualquer voo, não importa o tempo ou a distância. Sinto-me capaz de conquistar o mundo, porque vivo nele e faço por respeitar o tempo, a natureza, os animais e até as pessoas, mesmo as que me inspiram pouco respeito, mas a essas desejo luz na alma e paz no coração, porque quem sabe assim não deixam de apenas ocupar espaço. Sinto-me capaz de responder a qualquer pergunta, as que me vão fazendo, porque as minhas são uma a uma, respondidas por mim. Sinto-me de coração cheio e pronta para amar a pessoa que me está reservada e essa já sabe que existo.

A felicidade tem muitas caras e é por isso que lhe sorrio quando escrevo, quando danço, canto ou falo, sorrio-lhe sempre para que ela se mantenha por perto. A felicidade tem tantas caras quantas a minha for capaz de reproduzir enquanto vou sendo feliz e tratando de soprar felicidade a todos quantos aceito e reconheço!

22.7.22

Como é que chegaste até mim?

julho 22, 2022 0 Comments



Chegaste de mansinho, passo a passo, olhando-me com a firmeza que fez parar os meus movimentos. Vi-te aproximar tanto e com tantas certezas, que quase me impedi de respirar. A tua boca estava tão próxima, mas mantive os meus olhos para baixo, conseguindo ver a covinha do teu queixo e o arfar que movia o teu peito. Senti que rangias os dentes e que te tentavas controlar e foi o que fizeste até te perderes e me laçares pela cintura. Já não estou preocupada com os que pararam para perceber o que estava a acontecer, agora só quero ter de volta o que um dia permiti que se fosse. O beijo foi longo, doloroso e desesperado. Apertaste-me tanto que só não gritei porque a minha boca estava na tua. Senti cada um dos meus músculos retesarem-se e quase que me perdi ali mesmo, onde não éramos apenas nós, não fisicamente, mas onde o mundo parecia ter parado de girar.

- Onde tens andado, mulher que me enlouquece?
- Aqui, onde me deixaste.

Nada em nós e connosco é morno. Tudo o que fazemos carrega duas vontades que juntas matam quem arriscar estar no nosso caminho e reavivam quem até já morreu antes. Nada connosco é em demasia e quase que nos fazemos implodir, se não nos segurarmos.

Chegaste, quando já desesperava com a espera e só conseguiste certificar-me, se é que não o sabia já, que sem ti sou muito pouco de mim. Chegaste para que sinta outra vez esse amor que fiz tanto por merecer.

- Estão a olhar para nós.
- Lamento, mas não os quero beijar, não como te vou fazer. 

Chegaste de mansinho, mas determinado e é apenas isso que preciso de saber por agora.

20.7.22

Aberta ou nem por isso?

julho 20, 2022 0 Comments


Estava para aqui a tecer considerações e lembrei-me de perguntar se alguma de vocês conhece ou já teve a "sorte" de esbarrar num D. Juan de esquina? Vou falar do protótipo masculino porque sou mulher, mas existe igual modelo no feminino, não se iludam.

O que querem afinal de nós os que chegam a parecer que nos querem, passo a redundância, quando aparentemente também deitam os olhos a mais umas quantas? Talvez porque não se queiram afastar demasiado dos planos B e C, não vá o A do momento falhar. Agora fora de brincadeiras, mas ainda meio a brincar com estes novos modelos de "relações" e muito provavelmente por já ter atingido a dita idade da maturidade, ou porque tenha sérias dificuldades em entender os homens e as mulheres de agora:

. Quando gostas de alguém e estás interessado em fazer crescer os sentimentos que te envolvem, o normal será que te envolvas inteiramente com essa pessoa, afastando todas as outras, nem que seja por um período determinado, se ele é curto ou não, já dependerá do teu poder de encaixe;

. Quando tens planos, mesmo que planear seja um enorme luxo sujeito a muitas variáveis, o mínimo é que os mantenhas e te passes como desejas ser visto; 

. Quando esperas que o outro te tenha como foco, será conveniente que te mantenhas igualmente focado nessa pessoa, a não ser que estejam ambos abertos à tão falada e aparentemente desejada, relação aberta;

. Quando decides fazer exatamente o oposto do que apregoas, colando-te às palavras que aparentemente o outro deseja ouvir, será que te ouves, por uns minutos que seja e nunca receias estar também a receber o mesmo? É que nem sempre os tranquilos são tolos, mas isto é só uma observação.

"A ética é tudo aquilo que fazes quando te estão a ver, mas já o caráter, esse apenas se revela quando e aparentemente ninguém vê"!

Meus amigos e amigas, LONGE vão os tempos em que o que se fazia em Vegas ficava em Vegas, ou num qualquer outro ponto interessante do planeta, hoje temos algo bem global e imediato e por isso dizemos que uma vez na internet, para sempre na internet. Se não sabem caminhar sem apagar as pegadas, andem com as mãos. Se vão deixar que se sinta o cheiro forte do fumo, não façam fogo e se não querem, MESMO, gostar o suficiente de alguém no singular, por desinteresse ou incapacidade, não sujem demasiado a única coisa que terão que carregar para o resto da vida e que é o vosso nome. Just saying!

19.7.22

Ainda abres as tuas caixas?

julho 19, 2022 0 Comments


Quando abrimos a "
caixa" e de cada vez que vasculhamos vidas já guardadas e postas de lado para que as pudéssemos permitir continuar, acabamos por encontrar o que já se deveria ter esfumado!

Não há que ter medo de olhar para trás e enfrentar só pode ser a melhor escolha, porque até os monstros se encolhem, o escuro clareia, os sons ficam familiares quando conseguimos sorrir perante o absurdo, porque afinal o que já sabemos estivera sempre tudo lá, apenas com um nome diferente. No entanto, quando reabrimos a caixa que deveria estar bem fechada e devidamente arrumada, estamos apenas a trazer para a luz o que não poderia, nem deveria voltar. Quando nos atrevemos a dar mais uma oportunidade, ou a consumar a que antecipámos de alguma forma, abrimos a caixa e ela por norma é mesmo de Pandora e olhem que não estou a falar da minha marca favorita de joias. Quando a caixa passa a absorver o resto da nossa vida, talvez tenhamos mesmo que a abrir, vivendo até os momentos mais obscuros, mas no final, por favor, no final terá que ser fechada, porque se a reabrirmos regularmente, iremos certamente provar sabores bem mais amargos que antes.

Todos temos caixas, alguns até formarão pilhas, mas se usarmos as coloridas, ou se as customizarmos, conseguiremos que se transformem em adornos. Não há como livrarmo-nos dos seus formatos; Não há como ignorar que existem; Não há como queimar o conteúdo, porque antes de estar na caixa, esteve em nós e connosco, moldando-nos. É a isto que chamo viver, correr riscos, espreitar para lugares sem luz, tateando à procura de solo familiar. Quantas mais caixas, mais experiências. Quantas mais caixas, mais nos teremos oferecido. Quantas mais caixas, mais histórias para contar.

Nunca sinto vontade de reabrir as minhas caixas, porque nunca decido recomeçar o que terminei. Nunca me iludo o bastante para arriscar ter que guardar o resto numa caixa ainda maior, mas vou olhando para cada uma sempre que fizer sentido, ou de cada vez que esbarrar nela, fazendo-o de forma construtiva e sem me arrepender do que acreditei um dia ser possível.

18.7.22

Magic everywhere!

julho 18, 2022 0 Comments

Sue Amado´s photo


A magia, para mim, não está apenas nas palavras que uso até à exaustão, ela anda sempre de mãos dadas com os lugares e os olhares que uso para ver mesmo!

Os dias que te mudam!

julho 18, 2022 0 Comments



Os dias têm uma forma natural de te fazer ouvir, sentir e olhar para o que te faz verdadeiramente falta. Cada dia carrega os que foste deixando passar, dispensando decisões que te impediriam de te adiares, porque és sempre a que conta. Este dia, tal como os que agora me vão chegando, chegou a recordar-me de quem sou e a verdade é que sou muito, sobretudo para mim.

Se desatares a querer mais do que te pertence, acabarás por sentir que tudo o que é externo a ti terá o poder de te revolver o interior. Se te souberes sossegar do que na verdade não controlas, o controlo de ti passará a ser maior e todos os minutos do dia serão melhor usados para que te sintas como és na essência. Se permitires que as pequenas coisas da vida, mas que na realidade são maiores do que tudo o resto, te envolvam, acabarás inevitavelmente envolta numa luz que te ilumina por dentro e te torna bem mais bonita por fora.

Os dias, quando estás atento, têm exatamente tudo o que ainda te falta ler e entender. Os dias terão a dimensão e a importância que te deres e de cada vez que te visualizas no leme do barco, o destino só poderá ser o certo, por isso usufrui de cada nova viagem. Os dias nunca se repetem, por mais importantes e desafiadores e nunca terás forma de viver duas vezes a mesma experiência, então usa e abusa do poder, momentâneo, de estares exatamente onde precisas, de contrário precisarás sempre de recomeçar outra vez. 

17.7.22

Agora és meu amigo?

julho 17, 2022 0 Comments


Pior do que seres o meu ex, aquele que não ficou e a quem a vida levou de mim, é seres meu amigo, porque como amigo não te posso cobrar o que não tiveste vontade de fazer. Ao seres o amigo, as palavras, ou metade delas, terão que permanecer guardadas em mim por muito mais tempo, quem sabe para sempre. Se me escolheste para amiga e se te aceitei neste novo papel que ainda preciso de saber representar, os abraços poderão até voltar a acontecer, mas mais frios e condescendentes e não terei forma de os recusar.

Tanto que te queria como a pessoa que já foi e que deixou de ter um rosto no presente. Tanto que precisava de já não ter que precisar de ti, não nesta nova versão aparentemente moderna e na qual não gastamos tempo com as mágoas e os amargos de boca. Tanto que precisava de te poder abanar, cobrando-te o que nos impediste de ter. Tanto que sinto ainda, enquanto me forço a fingir que deixei de nos sentir e que estou resolvida e tranquila, serenando a mente que não cessa de me espicaçar e perguntar o que deixei de saber responder.

Pior do que simplesmente me forçar a esquecer-te, é lembrar-me, todos os dias, que continuas por aqui, querendo ser o amigo que protege, vigia e se certifica de que me mantenho de sorriso nos lábios. Pior do que te odiar, porque é o sentimento certo em oposição ao amor, é precisar de fingir que gosto o suficiente de ti para te considerar um amigo.

Amores para sempre?

julho 17, 2022 0 Comments



Os amores são para sempre, até os que terminam. Quem o diz? Quem já os sentiu na variação certa. Quem os viveu para além do que se convencionou como difícil e quem soube que sabor lhe dar, mesmo não o tendo recebido de igual forma.

Vou esperar que continue a desejar dar mais, dando sentido ao único sentimento que nos quebra por inteiro, mas que também nos eleva e melhora. Sei que quando tiver um amor que seja capaz de me ver como seguramente será visto, derrubando muros e largando as ideias feitas, ambos sentiremos que o amor para sempre faz sentido.

Lembro-me de todos os amores que tive, dos mais pequenos e inocentes, aos trabalhados com afinco, jurando que os recebia como os sonhara. Recordo com um sorriso nos lábios as peripécias e até consigo rir dos choros que prolonguei, quando achava que o mundo iria ruir. Lembro-me dos sentimentos que se me colavam na alma de cada vez que um amor tinha rosto, toque e voz. Lembro-me de mim, mais madura e endurecida, mas tão apaixonada que amar me devolvia a inocência da meninice. Lembro-me de achar que amaria para sempre e agora sei que não estava enganada.

Os amores para sempre curam-nos de cada incapacidade, nossa e de quem fomos amando, porque para sempre será o sentimento que nos uniu e esse nenhum será capaz de arrancar!

16.7.22

Sentir ou dizer?

julho 16, 2022 0 Comments

Já tentei dizer o contrário do que sentia e já tentei sentir o contrário do que dizia, mas e porque ser eu me deu TANTO trabalho, só me permiti algumas "brincadeiras" temporárias, voltando rapidamente ao meu lugar de sempre. 

A forma como encaras e encaixas a vida tem a ver com o teu olhar para dentro e que advém de muitas horas de perguntas que desejas ver respondidas, ou do pouco que te dedicas, não entendendo que dessa forma nunca te dedicarás verdadeiramente a alguém. Temos a obrigação de ser felizes, porque a nossa realidade, esta que vivemos agora, é a única que nos cabe e deve ser honrada. A felicidade chega após a conquista de desafios autopropostos, a felicidade é o que sentes enquanto estás a fazer sentir, da forma certa, as pessoas que amas; A felicidade são os silêncios nos quais te ouves como mais ninguém consegue e por isso te enches de palavras com sentido: A felicidade são as escolhas conscientes e que mesmo não prometendo finais antecipados, não te defraudam.

Já fui tentada a acreditar no impossível e já me senti impossibilitada de acreditar no real, mas em nenhum dos processos desisti de estar inteira, sendo a pessoa a quem iria pedir contas caso aceitasse o inaceitável, ou me contentasse com o pequeno. Já fui inundada de amores que tomei por garantidos e já fui impedida de amar quem me sabia a sabores novos, mas NUNCA e em nenhum momento, até nos mais difíceis, deixei de acreditar que o amor que me cabe saberá como me encontrar. Já fui muito feliz sem o perceber, mas hoje sei que a minha felicidade é tão percetível, que ignorá-la seria a minha maior loucura. 

Porque escrevo afinal?

julho 16, 2022 0 Comments



Escrevo porque tudo o que faço, sinto e vejo, tem a forma das palavras e é apenas com elas que acabo por mostrar o melhor de mim, fazendo-me entender e dando aos outros o que também me alimenta. Escrevo como penso, penso como respiro e acabo por escrever como amo e amar para mim tem que ser um estado natural, uma necessidade, uma vontade de ser vista como me vejo. 

Por vezes dou comigo a pensar que outro talento poderia ter se não fosse capaz de me por em palavras, mas nunca chego lá, porque já não seria eu e sou-o SEMPRE em todas as situações, até nas más, mesmo que ache e saiba que sou muito mais e que tenho muito do que falta a algumas almas. Quando termino de delinear e executar os meus começos de dias, sento-me no mesmo lugar, de frente a um ecrã que me olha e incentiva, esperando que dispare a primeira palavra, porque depois dela já nada poderá ser parado, nada voltará para trás e o que quer que me segurava solta-se e deixa de ser apenas meu.

Esta aventura tem-me mostrado por dentro de uma forma tão real, que nem um psicólogo arranjaria talento, experiência ou sequer sabedoria para mo explicar. Os pedaços de mim saem com vida própria, soprando o que alguém, algures, precisa de ler, de ouvir e de entender. Escrever é inevitável, é a minha fonte de energia, o que me mantém em alta quando quase perco a fé no mundo. Faço-o porque quero muitos sorrisos, sentimentos, tremores na espinha, sonhos e desejos que podem ser concretizados. Se for sabendo, a cada passo, que consigo tudo isso, então sairei mais engrandecida, uma pessoa mais verdadeira e que será sempre para os outros o que forem capazes de me dar.

14.7.22

Estou num lugar "novo"!

julho 14, 2022 0 Comments



Estou num lugar "novo" no qual avalio e reavalio tudo o que fiz por ser e sendo, preferencialmente, ainda mais completa e serena. Estou finalmente sozinha, sem as pessoas de quem a minha pessoa cuidava, sabendo que poderia ser muito mais e já o era na verdade, mas receando o momento em que a minha principal função se esbatesse e passasse a ser primordialmente a mulher. Estou num mar que passou de revolto a demasiado tranquilo e agora só me resta equilibrar ambas as partes de mim, porque fui sempre duas, com dois pares de mãos que abraçavam e dois corações que se estendiam para que coubessem as pessoas que depois de mim, serão as mais importantes desta e de outras vidas, de outras porque só poderão já ter sido meus e senti-los desta forma, com uma ligação que os desliga da responsabilidade de me fazerem feliz, mas sendo-o para que sosseguem e vivam de forma plena a vida que lhes ofereci quando os concebi. Estou num lugar novo, vazio de sons e de cheiros familiares, mas pleno de memórias, de planos e de ainda mais sonhos. Estou no lugar onde terei que me saber reinventar, pela inevitabilidade, mas no qual saberei melhor quem sou e o que é suposto continuar a produzir. Estou num lugar que me acolheu, mas continuo sem saber onde pertenço, talvez porque seja de todos, até dos que ainda não pisei, mas querendo, muito mais agora, que a viagem comece sem data para voltar. Estou num lugar "novo" e dele só poderei sair renovada, porque sei que acabarei ainda mais forte e capaz de usar o tempo a meu favor. Estou num lugar "novo" e ainda só agora o comecei a perceber.

13.7.22

O dia de te tirar de mim chegou!

julho 13, 2022 0 Comments



O dia em que deixaria de te sentir de cada vez que ligas teria que chegar. O dia em que nada do ontem me interessa para o hoje, onde estou comigo e sem nada de ti, porque nada restou, acabou de se instalar. O dia em que nada do que dizes faz sentido ou me importa, porque o teu discurso desgastou-se, tal como tu mesmo quando percebeste que te daria trabalho, é este, é agora.

Não importa se fui uma tonta apaixonada e se me deixei levar pelo que parecias oferecer. Nem sequer importa se me desiludi, porque apenas contabilizo os dias em que me encheste e preencheste de certezas, desejos e vontades que não via satisfeitas há muito. O que temos é o que conseguimos carregar e sinto que te carreguei todo, à minha maneira, sonhando com o que poderias realmente ser. O que conquistamos é a capacidade de desmultiplicarmos a razão, porque por vezes ela apenas atrapalha, mesmo que nunca nos engane. O que guardamos para sempre é tudo o que nos permitimos sentir, sabendo que nos demos de forma inteira e real.

O dia de te tirar de mim chegou finalmente, mas gostei da viagem, adorei os toques e preservarei as palavras, essas foram muitas, tantas que certamente as voltarei a ouvir de uma outra boca que não a tua, mas que saberá o que fazer com a minha!

Quando não podes simplesmente dizer...

julho 13, 2022 0 Comments



Quando é que opinas demasiado e quando é que deixas o essencial por dizer? Encontrar o equilíbrio no início das relações, e até que já se tenham ambos sentido o conforto do outro, é muito mais difícil do que o que pomos por palavras. Algumas pessoas têm uma enorme mestria para nos deixarem a sentir bem e livres na nossa capacidade de exprimir o que desejamos, mas já outras...

O que é que te posso dizer e quando? Na minha modesta opinião, se tivermos que andar em bicos dos pés, falando demasiado baixo e não olhando intensamente nos olhos, apenas para não perturbar o outro e o seu espaço, então bardacaca, porque ou é, ou é. De que forma consigo conhecer-te, saber o que pensas quando pensas em mim e até onde te sentes capaz de ir por mim, se não o perguntar? De que forma te conheço os gostos e atiço os limites, se não te espicaçar? De que forma nos conseguimos entender e ler, se formos sendo sempre demasiado polidos e metidos na concha?

O que é que te poderia afinal ter dito, sem que te tivesses sentido  mortalmente atingido? Teria sido bom que mo fizesses saber, porque saber de ti seria a diferença entre ficarmos, porque te encaixavas, ou desistirmos porque eras demasiado diferente. De que forma esperavas que fosse o meu formato e o que é que te manteve de pés atrás, enquanto os meus seguiam determinadamente na tua direção? 

Menos com menos só dá mais na matemática, porque em qualquer outro quadrante da vida, sobretudo no amoroso, apenas o mais com mais nos certifica do que precisamos de ter a dois, de contrário ser um passará a bastar.

12.7.22

Estar sozinha é difícil!

julho 12, 2022 0 Comments



Estar sozinha é difícil, quem é que se atreve a dizer o contrário? Consigo percebê-lo quando o tempo me sobra, quando vagueio sem ser incomodada, sem que me cobrem o que quer que seja e por falta de hábito acabo a não saber muito bem o que fazer nem para onde ir, no entanto tenho-me comprometido em aprender, sabendo que me vou cuidar melhor, sendo a que decide e escolhe. Estar sozinha é difícil, mas podemos sair triunfantes, sabendo exatamente onde estamos e o que desejamos. Por sermos animais de hábitos, e porque nós mulheres fomos formatadas para cuidar, o que custa mais é "desprogramar". 

Mas estar sozinha também nos enche de uma liberdade que ninguém rouba. Passamos a acertar os próprios passos, indo e voltando sempre que tivermos vontade. Tornamos os dias mais lânguidos, ou aceleramos cada viagem para estarmos onde precisamos. Também sonhamos com os colos que não temos, mas respiramos fundo perante a normalidade que nos acompanha e por sabermos que controlamos a nossa vontade.

Estar sozinha é difícil, porque me estão vedados os abraços que até acredito que mereço e cada um dos beijos que devolveria com tudo o que tenho dentro. Estar sozinha tem sido um misto de teimosia perante a determinação em não incluir ninguém e a vontade de que alguém valha a pena ser incluído. Estar sozinha é o que pareço precisar para entender qual o meu papel, mas espero fazê-lo com a brevidade que me impedirá de ficar demasiado confortável. Estar sozinha é difícil, mas já foi bem mais e é isso mesmo que me assusta!

11.7.22

Dilemas do século!

julho 11, 2022 0 Comments



Estamos a cada dia mais determinados, mas mais sozinhos. Já não parecemos procurar a nossa metade, talvez porque tenhamos entendido que somos um só e completos, mas estamos decididamente mais solitários, desconfiados, impacientes e inflexíveis. 

Já não procuramos aprovação e estamos onde nos fazemos falta, mas passamos o tempo útil a falar do que ainda não temos e parece ser sempre tanto quando somos apenas nós. Estamos constantemente a planear o que nos deixa mais livres, mas sentindo-nos invadidos por uma prisão emocional que nos sentencia sem qualquer pena determinada. Já não usamos o "nós" vezes que bastem e o "eu" chega a ser exaustivo e revelador de enorme insegurança. 

Estamos em constante fuga e assumimos que a dependência nos enfraquece, no entanto não parecemos mais fortes, não aos olhos dos outros. Já não dividimos o importante, mas subtraímos frequentemente o que multiplicaria o outro. Estamos mais egoístas e incapazes de olhar e ver, mas querendo e esperando ser vistos sempre. Já ninguém parece servir ou ser certo, mas continuamos erradamente a planar pelas mesmas pessoas com as mesmas características. Estamos mais duros e impacientes, mas reclamamos da impaciência alheia, levando o outro quase à loucura. Já não cuidamos do corpo nem o respeitamos, mas acabamos a noite a exigir que o valorizem e parem de usar. Estamos menos doces e compreensíveis e puxamos de palavras duras para dizer o que nos sairia bem melhor se ao menos nos ouvíssemos. Já começamos a perder  muito antes de qualquer ganho e o triste é que no final ficamos todos muito mais longe uns dos outros.

10.7.22

O que é que nunca devemos dizer?

julho 10, 2022 0 Comments



O que é que nunca devemos dizer enquanto lutamos contra a vontade de dizer tudo? Do que não se deve falar, ou que pensamentos nunca partilhar quando começamos a partilhar vidas? Quem é que nos é permitido ser, enquanto criam modelos da pessoa que supostamente somos? O que pode arruinar uma relação, demasiados silêncios ou a busca intensiva das palavras?

Irra que já fiquei cansada só de tentar enquadrar tanto pensamento. Decididamente incluir dá trabalho e há que haver disponibilidade mental para se ser bem-sucedido. Não há nada pior do que falar para o espaço, espalhando pensamentos que não parecem conseguir apanhar, mesmo que usemos bonecos. A aparência conta, já todos estamos de acordo, mas a conversa, os pontos em comum e o espírito ocupado com os neurónios certos, isso já só para os sortudos do planeta.

Vais ter que fazer algum trabalho de casa, por isso se gostas de uma mulher que usa as palavras com a velocidade da luz, é bom que saibas articular umas quantas, bem embrulhadas em pensamentos que se interliguem e já não é pedir muito. Se a mulher da tua eleição é virada para o desporto e alimentação saudável, não podes, nem deves, ser um cruzamento entre um javali e um porco da Índia, de contrário vais apenas embrulhar os "tachos". Se a dita cuja é das que dá o sim senhor e mais cinco cêntimos (troquei os centavos) por um pé de dança e sonha com o final da semana para mostrar a roupa nova justa e a maquilhagem exagerada, não podes ser do tipo pantufinhas e noite de cinema em casa com pipocas do micro-ondas. Poderia estar para aqui a dar vários exemplos de gostos e características, mas certamente que já percebeste onde quero chegar. Tudo tem um encaixe certo, tal como as peças dos puzzles e não adianta forçar nenhuma, porque somos o que somos e não mudamos por ninguém, mesmo que o arrisquemos no início, achando que cai bem.

Vou voltar à pergunta inicial que parece não gerar consenso, o que é que nunca devemos dizer a quem começou a viagem connosco? Eu sei o que não digo, mas já começo a querer dizer ainda menos. Também sei o que não pergunto e o que não preciso de ouvir, não até que já saiba exatamente o que comecei. Quanto a ti, pensa bem no assunto e talvez a tua taxa de sucesso aumente. Boa sorte!

9.7.22

Não consigo deixar de pensar em ti!

julho 09, 2022 0 Comments


Não consigo deixar de pensar em quem fui ou passaria a ser sem ti. Não tenho um nome, ou sequer um lugar que não te tenha, talvez porque esteja oficialmente apaixonada pela ideia de mim contigo. Não permito que as lágrimas corram da mesma maneira e mesmo que me doa o que te impedes de passar, já não passo sem os momentos que cresceram, sem planos, com muitos atropelos, mas com tanto amor, que já não consigo deixar de sentir a tua falta, até quando te tenho.

Gosto de planear e de ter ambos os pés em terra firme, mas a firmeza esfumou-se no minuto que precedeu a tua entrada na minha vida. Gosto, porque me aprendi a soltar, até da dor que sinto quando apenas estás nos sonhos que repito para que estejas em algum lugar. Gosto de gostar de ti, assim, sem qualquer amanhã, apenas no hoje que temos, repetindo-o tantas vezes quantas bastem para que vá escrevendo sobre nós. Gosto de todos os beijos com que me lambuzas de ti, passando-te tão bem e sendo tão intenso quanto é o que sentimos. Gosto de apenas gostar, sem ter que me explicar e sem que precises de me provar que também precisas de mim.

Não consigo deixar de pensar em ti, talvez porque me deixe de coração mais acelerado, mas igualmente tranquilo, ou tão simplesmente porque estou oficialmente pronta para apenas te sentir, mesmo que não me sintas de igual forma. Não consigo pensar em deixar de te amar, não para já...

Ainda decides com tempo?

julho 09, 2022 0 Comments



Todos os dias, a cada minuto ou segundo das nossas vidas, somos levados a decidir e a fazer escolhas que poderão mudar tudo à nossa volta!

A pressão para que se saiba todas as respostas de imediato, na ponta da língua, a urgência do ontem para tudo; A incapacidade, por vezes, de apenas se dormir sobre o assunto, esperando pelo que até é passível de ser feito com tempo, torna-nos nervosos, inseguros, com medo de falhar, de não estar à altura e de arriscar demasiado. Estamos a viver à pressa, a querer TUDO resolvido no mesmo instante, tendo os lugares definidos, as relações com nomes e as emoções catalogadas. Parece que já não sabemos, ou talvez tenhamos desaprendido, viver no dia, a usufruir do que chegar, inalando profundamente as emoções que nos oferecem e apenas esperando pelo momento certo, porque ele existe. Que bom que seria termos partes de nós que estivessem protegidas, escudadas desta azáfama diária e que o nosso lugar interior nos mantivesse acima do nível da água, quietos, se fosse essa a nossa vontade, ou em movimento, se quiséssemos realmente ir a algum lado. Que bom que seria, para as novas relações, que ninguém tivesse medo das decisões, que as pudesse tomar com o tempo que bastasse a cada um e que não fosse penalizado em nenhuma das circunstâncias.

Decidir rapidamente é cada vez mais sinónimo de uma capacidade acima da média, de uma aparente segurança, que é falsa e camuflada, porque pode ser envolta em riscos iminentes e irremediáveis na maioria das vezes, mas é inevitável esta sensação, que será comum a muitos, sim, porque teremos os que nunca se decidirão a fazer porra nenhuma, de que não temos tempo nem mesmo para nos decidirmos a pensar. Se for para decidir, então que seja connosco dentro e em consciência, porque as possibilidades de falhar passarão a ser muito mais reduzidas.

8.7.22

Hot, hot, hot!

julho 08, 2022 0 Comments

 

Sue Amado´s photo

                                                               Quem foi que pediu o calor?

A tal da química!

julho 08, 2022 0 Comments


Isto da 
química entre homens e mulheres ou existe, ou nunca acontece. Podemos falar com alguém mil vezes e nunca sentir nada, ver ou querer nada, mas de repente, do nada também, estamos com alguém aparentemente até muito diferente de nós e pumba, acontece e a tal química vem ao de cima, porque não se controla, não se distingue e pior do que tudo, não se apaga, nem se consegue fugir. Já me aconteceu, por isso sei do que estou a falar!

Os opostos atraem-se, ou nem por isso. Os semelhantes, com percursos idênticos e os mesmos gostos também poderão envolver-se mais facilmente, mas seja lá o que for que aconteça, à química ninguém resiste, mesmo que depois surjam tempestades devastadoras. O raio do coração já nos dá imenso trabalho e nem sequer faz caso da razão, agora juntem a tudo isso a química e o desejo infundado, mas tão louco, que a verdadeira loucura seria fugir dela.

Se foi a química que nos juntou, talvez a física tenha posto tudo no seu devido lugar. Se foi o coração que falou mais alto, à razão bastou-lhe umas chicotadas e nós encolhemo-nos. Se foram as palavras que nos iludiram, a realidade veio de forma determinada e retirou os floreados, um a um. Se foi o meu amor em excesso que te envolveu em demasia, depressa percebeste que não terias forma de viver apenas com uma metade de nós. Mas se foi o chão que já tinhas pisado antes que limpou o outro, aquele onde estavas enquanto estive, então nem a química nos poderia ter valido.

Continuo sem saber o que nos juntou, mas isso sou eu! 

7.7.22

Saber o que é suposto!

julho 07, 2022 0 Comments



Tempo, paciência, conhecimento e ajustes, estes e mais uns quantos ingredientes tornam o percurso da nossa vida mais fácil. Saber esperar e reconhecer sinais é possível, precisamos apenas de nos conhecer até quando dormimos e sonhamos os sonhos que nos impelem a melhorar. Saber de que forma chegar com consistência até onde nos visualizamos, obriga a que já saibamos o onde e o como virá sem demasiada turbulência ou com a que se deseja para que mudemos umas quantas rotas. Saber qual o verdadeiro sabor da conquista ainda poderá acontecer nesta existência, mas precisamos de existir com regras definidas, passando cada instrução com detalhe e fugindo do que nos distrai.

Quando finalmente estamos no local exato onde a nossa visão começou, sabemos, sentimos, percebemos e aceitamos, não importa o tempo que levou e levará sempre tanto quanto foi a nossa determinação em prosseguir.
Saber o que é suposto enquanto nos construímos diariamente é o que nos molda e fortalece. Saber tudo poderá até nunca ser possível, mas saber mais do que antes vai depender da nossa vontade de ter muito mais do que apenas vontade. Saber carrega responsabilidade, mas só depois seremos livres para continuar a escolher bem. Saber até que sabemos, muitos de nós, mas aceitar vai depender de quem já somos.

6.7.22

Tenho um pé em cada lado...

julho 06, 2022 0 Comments



Tenho um pé na vida que gostaria de viver contigo e outro naquela que me assusta pelo desconhecido. Tenho tantos desejos que te incluem, mas uma enorme serenidade quanto ao que já sou e que ninguém terá forma de suprimir. Tenho momentos nos quais nos vejo e sinto, sentindo a tua mão que aperta a minha como que para te certificares de que estou para ficar, mas outros em que sou apenas eu a olhar para o sol que se põe em mais um final de dia. Tenho imensas saudades do que nunca mais poderemos viver, porque o "nós" no nosso passado, não existia.

Gosto da sensação de gostar sem condições e de sentir o que me move o coração, fazendo-o bater a ritmos que me acertam o resto do corpo. Preciso, talvez mais do que seria suposto, de não precisar de me explicar e de colocar legendas em tudo o que digo ou evito, porque sou sempre tão clara, que só os empedernidos poderiam questionar. Exijo que a minha vontade ande a par com a vontade de quem já escolhi e fui capaz de olhar, fixando os olhos que são bem mais do que o espelho da minha alma, porque de outra forma estarei apenas sozinha enquanto acompanhada.

Tenho um pé na aventura que começou em mais um ano cheio de desafios e o outro bem firme nas certezas de que preciso para poder continuar a ser eu, sem demasiadas beliscaduras e pronta para o que ainda estiver para vir.

5.7.22

Noites de verão!

julho 05, 2022 0 Comments

 

Sue Amado´s photo

                          Que o verão nos dê tréguas, porque o mundo já está um lugar muito difícil!

Para ti que és um amor novo!

julho 05, 2022 0 Comments


Olá amor novo,

Deixa-me começar por te lembrar dos começos. Permite-me reforçar o teu desejo de voltares a sentir o amor que já te tenho. Faz-me a vontade e acredita, desta vez, que podemos ser nós e que temos tudo o que precisamos desde que encetámos o que parecia ser uma busca interminável. Sabemos bem quantas vezes tentámos e falhámos, mas e porque a prática faz a perfeição, aqui estou eu, perfeita para ti e mais do que pronta para respirarmos, compassados ou não, mas juntos.

Não sou grande coisa a cuidar das flores, mas tenho as que prefiro e dessas não me esqueço de alimentar e manter vivas. Não sou a fada do lar e tenho uma relação de amor-ódio com a cozinha, mas consigo alimentar a tua força, reforçando os desejos que te manterão a querer-me como nunca fizeste antes. Não primo pela capacidade de me sossegar quando me desassossegam, mas se me mantiveres colada a ti, permitindo que sinta o coração que terá que bater por mim, apenas por mim, tornar-me-ei na cura de todos os males que carregavas antes. Não convivo bem com os silêncios, por isso tens permissão para usar todas as palavras que saberei como filtrar.

Não sabia que esperava por ti, não até que te passei a sentir, de forma real, com nome, com uma energia muito igual à minha e com todas as histórias que as minhas passarão a juntar. Não sabia que estava pronta para te amar, até que passei a sentir este amor de forma tranquila, mas determinada, mantendo-me quieta, mas agitada o bastante para já te querer aqui.

Para ti que és um amor novo, desejo a capacidade de me quereres como já sei que te quero!

De um coração para outro,
S.A.

Nunca vais encontrar um amor como o meu!

julho 05, 2022 0 Comments



Nunca vais encontrar um amor como o meu, era o que te dizia quando achava que até sabia alguma coisa, porque a verdade é que nunca me disseste que precisavas de alguém como eu. A minha intensidade deixava-te inquieto e sem saber como reagir a tudo o que tenho e sou. As minhas certezas aparentes aguçavam as tuas incertezas e ninguém gosta de reconhecer desníveis. Nunca procuraste um amor como o que te ofereci porque não era assim que o desejavas.

Podes até arriscar sentir a minha falta, mas deixaste de poder ser tu mesmo enquanto tentavas perceber o meu modelo e isso não te poderia servir, nem sequer a mim, que acabaria apenas por ter algumas metades.

Nunca vais voltar a encontrar quem te ame incondicionalmente, mas como até querias condições em tudo e em cada movimento que parecia ensaiado ao pormenor, vais seguramente ficar bem. Precisas de quem te ame, mas queres sobretudo amar à tua velocidade, sem demasiado arrojo e tentando prever até a queda da chuva. Precisas de quem te entenda e permita liderar, mesmo que de forma frágil e pouco segura. Precisas de alguém que seja diferente de mim o bastante para já não precisares de mais nada. 
Nunca vais encontrar um amor como o meu, é uma certeza, mas nunca mais voltarei a repetir, a quem quer que seja, que o que tenho serve a todos e nunca mais aceitarei condições no que deve ser vivido com clareza e espontaneidade. Percebo agora que nunca vais entender quem foi que te tocou e fez sentir vivo outra vez, mas já te perdoei a distração.

4.7.22

Sem amor ninguém vive bem!

julho 04, 2022 0 Comments



Sem amor ninguém vive bem, isso é mais do que ponto assente, no entanto viver também passa por muitos estágios emocionais que nos deixam mais fortes e capazes de suportar temperaturas baixas sem que enregelemos demasiado. Sem amor somos um pouco menos crentes e encontramos obstáculos até em portas abertas, mas seguramente que apenas por demasiado desamor instalado. Sem amor somos de cores pálidas e de palavras sem qualquer sabor. Sem amor parte de nós ficará definitivamente partido e quando nos atrevermos a juntar as peças, poderemos já não ir a tempo.

A forma como encaro o amor entre duas pessoas também evoluiu e acabei por conseguir, em diferentes estágios da minha vida, maturá-lo o bastante para o poder absorver como se de um bom vinho se tratasse (curiosa a analogia para quem nem sequer bebe). Já os vivi de forma demasiado intensa, sem muitos planos, ou planeando tão pouco, que o resultado apenas poderia ser o seu fim anunciado. Já amei mais do que fui amada e já senti tanto amor vindo dos lados mais inesperados, mas que me deixaram cheia de vontade de os poder viver, que não pude evitar de me sentir a pessoa especial de alguém. Tive amores errados, no tempo e no objeto, mas nunca me impedi de passar exatamente o que tinha dentro, porque apenas assim me conseguiriam ver.

Sem amor, ou com amores destorcidos, somos mais lentos de raciocínio e decidimos quase sempre demasiado tarde. Sem amor, sobretudo por nós, nunca sabemos o que temos e podemos dizer, de forma a que nos entendam à primeira. Sem amor fazemos mais escolhas erradas do que certas e usamos como desculpa o facto de ninguém, para além de nós, sair afetado. Sem amor, por demasiado tempo, passamos a padecer do mesmo que todos os outros, sem que nos destaquemos por muito que sejamos mais e maiores.

3.7.22

Será que sabes que mudaste?

julho 03, 2022 0 Comments


Sabes quando é que entendes que crescestes emocionalmente e que já não estás a viver no passado? Quando vês fotos, lês as palavras que partilhaste com alguém, ou num diário, ou simplesmente te olhas ao espelho e a "outra" deixou de existir.

A sensação de ter mais sabedoria, de estar mais preparada e menos agarrada às convenções, confere-me uma liberdade adicional, carregando ainda mais de mim em tudo o que faço e digo. Os olhares alheios, a maioria, deixam-me completamente alheada, porque preciso de poucos para ter e ser muito. Os sorrisos forçados, tristes ou distantes, porque de muitos males padecem os que não se libertam do mal que conhecem, não forçam os meus que recuso oferecer, mesmo que sejam gratuitos. A vontade de ser ainda mais sábia, responsabilizando-me na íntegra pela minha felicidade, está a deixar-me com um formigueiro bom, com uma enorme vontade de começar mais uma grande aventura, desta feita apenas eu comigo, a ver tudo o que fui sentindo e imaginando, não importa em que parte do mundo.

Será que ainda consegues acordar com a sensação de novo, de recomeço e de inúmeras possibilidades, porque elas existem mesmo, que também estão ao teu alcance? Se não tiveres o papel principal na tua própria vida, então de quantas mais irás precisar para que as instruções sejam claras e concisas?

Qualquer dia será um bom dia para te determinares desafios concretizáveis e para parares de te parar com desculpas que nem a ti convencem. Qualquer dia, que até poderá ser hoje, terá o que fores capaz de desejar, desejando sobretudo que estejas à altura de  viver TUDO o que te cabe por direito. Qualquer dia, num dia qualquer mais especial, ou tão simples quanto serão aqueles nos quais acordas pronta, poderás fazer restart e ir sem medos, sobretudo do que te travava, que eras tão somente TU.

2.7.22

Três dias!

julho 02, 2022 0 Comments



Foram apenas 3 dias, mas conseguimos repor todas as energias de que iremos precisar para nos mantermos juntos e nada foi feito com pressa. Acordava bem cedo e procurava tudo o que te iria fazer começar para mais momentos só nossos. O pequeno-almoço tinha um toque especial, com um cuidado acrescido que te punha sempre um enorme sorriso de satisfação, afinal de contas ainda não sabias como era dormir e acordar comigo. Raramente terminávamos a refeição sem antes nos voltarmos a amar e era mesmo amor que fazíamos e até os toques pareciam diferentes, talvez porque nos sabiam ao sabor que só pode ter uma relação que caminha no mesmo passo. 

Nada nem ninguém nos fez falta. A televisão debitava os sons que nem sequer ouvíamos e as pessoas que fazem parte de nós ficaram do lado de lá, até porque os sabíamos bem e fomos apenas nós em cada segundo. Desta vez consegui olhar, com enorme atenção e desejo, para cada pedacinho de ti. Memorizei todos os sinais, segui bem de perto até a forma como pestanejavas, quantas vezes e como fechavas os olhos quando te tocava, afagando os cabelos que gosto de cheirar, quando me meto toda em ti, permitindo que sejas tão meu que nada do que me pertence fica por te oferecer. A praia não serviu para nos banharmos, mas aproveitámos o sol, fizemos caminhadas longas, onde falámos de tudo e onde por vezes apenas nos deixámos sentir, de mãos dadas, tão apertadas, que a dor se substituía à certeza de estarmos ambos ali, um com o outro.

- Não sabia o quanto precisávamos de estar assim, de contrário já o teríamos feito. Já te disse hoje que  
  te amo mulher da minha vida?
- Por acaso disseste, mal abriste os olhos e soube-me tão bem que já só nos quero ter sempre assim,  
  apenas nós, porque não preciso de mais nada. Nem eu sabia que te podia amar  desta forma. 

Agora sei que sou a mulher que reconheces e que és o homem que preciso de ter ao meu lado e para isso bastou que nos mantivéssemos juntos, um no outro o tempo todo. Os duches foram sempre demasiado longos, até que o corpo reclamasse da posição e as nossas mãos já não tivessem mais corpo para percorrer. A cama nem se fazia, apenas se compunham os lençóis que teimavam em escorregar, talvez porque na verdade não eram precisos. Tudo à nossa volta parecia desaparecer e as horas, que antes nos fugiam, estendiam-se até que a fome nos acordasse e trouxesse de volta a este mundo. Se duvidas existiram, agora ficou-nos a certeza de que ainda temos muita estrada para percorrer, afinal de contas o mais importante já existe e tudo o resto virá naturalmente, encaixando-se nos nossos intervalos, quando pudermos parar de nos amar.