31.5.22

Amanhecer contigo!

maio 31, 2022 0 Comments



Hoje foste tu que me acordaste. Senti os teus lábios carnudos, molhados e sequiosos da boca que abri julgando que ainda sonhava. Abracei-te reconfortada e feliz por teres vindo até mim, ter-te logo cedo é bom, é um despertar para a vida e é saber que já me pertences. O depois foi natural, o meu corpo reagiu de imediato, percebi que me tiravas a pouca roupa que me cobria e preparei-me para te sentir. Fechei os olhos e parti na viagem que me preparaste. Ninguém como tu sabe como me "ligar", como arrancar os meus suspiros e gemidos. Só tu me enlouqueces, sempre e todos os dias.


- Vou querer mais acordares assim.
- Já os poderias ter, mas és uma teimosa linda que continua a fugir do óbvio.

Os meus medos ainda permanecem, mas sinto e entendo que a vida começa a correr na tua direção. Percebo que ter-te todos os dias, de manhã, à tarde e quando voltamos à noite para nos amarmos uma e outra vez, é o que preciso. Já não há mais ninguém que me entenda e queira como tu.

O amanhecer é uma nova possibilidade de recomeço. De cada vez que acordamos e temos do nosso lado quem escolheu ficar connosco, até as manhãs chuvosas se iluminam. Se estiver frio aninhamo-nos um no outro e aquecemo-nos por dentro e por fora. Nada bate o sorriso da pessoa que nos ama; Nada nos deixa mais prontos para o que nem sabemos que nos espera, do que um abraço envolto em amor verdadeiro; Nada consegue competir com o desejo que nos devota a metade inteira de nós. Nada sabe ao sabor que a boca que se prende à nossa possui, nada é mais verdadeiro e real do que termos na pele, no corpo, no coração e na alma, quem está pronto para caminhar no mesmo passo.

Amanhecer contigo valida as noites que tivemos sem qualquer outro mundo que não o nosso. Amanhecer contigo hoje, é o depois do ontem onde também estiveste e o desejo de que ainda estejas no meu amanhã.

Magical places!

maio 31, 2022 0 Comments

Sue Amado´s photo


                      Tantas palavras desperdiçadas quando tão pouco seria preciso dizer!



30.5.22

Menos meninas, muito menos!

maio 30, 2022 0 Comments


O homem que te quer porque te deseja e admira, versus os homem que quer MESMO ficar contigo, por ti e por tudo o que lhe fazes sentir!

Por muito que o mundo tenha evoluído e avançado no que diz respeito às relações, parte dele ainda está preso a convenções, maioritariamente masculinas, e por isso esperando eles apenas pelo que conhecem, querendo reagir ao que lhes chegar, de forma previsível, porque o desconhecido alarma e desarma. O feminismo, como hoje é apregoado, está a danificar os poucos homens que nos restam e convém não esquecer que são mesmo poucos, ao contrário do "bando" de mulheres que povoa este universo e como se não lhes bastasse, cheias de ideias inovadoras que os fazem sentir quase obsoletos. Agora, com a maior das naturalidades, as mulheres dizem não precisar dos homens, açambarcando o que antes lhes cabia por direito. São opinitivas, expressam sentimentos como quem escolhe sapatos e chegam-se à frente para conquistar uns quantos homens Alfa, poucos, muito poucos, mas sendo elas mais dominantes e invasivas.

Menos meninas, muito menos, se o que desejam é ter mais. Mordam a língua quando quiserem desatar a ser intensas, esperando por reações que não estão contempladas nos manuais masculinos, porque isso os deixa tão desconfortáveis que acabam a bater em retirada, diminuindo, ainda mais, as possibilidades de "acasalamento".

O problema maior vem, claramente, da minha geração, que desmistificou ou tipificou TANTO os papéis masculinos e femininos na educação dos filhos, que o resultado só pode ser uma mistura incompreensível e desadequada, que leva a que ambos os sexos se sintam cada vez mais perdidos. Afeminar os homens ou masculinizar as mulheres não é o caminho e a prová-lo, a quantidade de provas documentadas no que as relações dizem respeito. Estamos em total falência de comportamentos, provocando um efeito de onda gigante, que acabará por nos engolir, caso insistamos no trilho. Às mulheres o que é das mulheres e para os homens o que sempre lhes coube fazer, frisando que me estou a referir a comportamentos amorosos. Não concordam? Então esperem mais 1 ou 2 décadas e vão sentir os reais resultados de tanta mistura num mesmo copo.

 

29.5.22

Ainda me lembro...

maio 29, 2022 0 Comments



Ainda me lembro da miúda que fui, de todos os planos que tracei e dos lugares onde estive, achando que me definiriam. Ainda me lembro de quando sonhava, livremente, sem que nada ou ninguém me pudesse demover do que seria TÃO certo e de tal forma seguro, que seguramente não teria como imaginar a mulher que me tornaria. Ainda me lembro dos silêncios que procurava, alimentando-me do que me impedia de ouvir, porque os outros não pareciam ter nada para me dizer, nada do que me enchia e preenchia, sabendo, já então, que sabia mais do que era suposto. Ainda me lembro de querer rebater o que me soava a errado, mas encolhendo-me no lugar, tempo e momentos que melhor falavam de mim e comigo. Ainda me lembro de querer TUDO, achando que o conseguiria.

, na parte da vida que me deixei viver, por vezes de forma desafiadora, forçando as minhas verdades e ignorando as dos outros, talvez porque a língua fosse diferente e a linguagem me soasse mal. , enquanto me preparava para o que apenas eu sabia ser possível, vivi e rebati e incapacidade dos que queriam tudo programado, certo e seguro, como apenas são as vidas às quais se sobrevive, mas que eu esperava viver em pleno. , quando fazia imensas perguntas e não recebia de volta as respostas que me tirariam as dúvidas, tratei de me informar do que o mundo teria para me oferecer. e nem sempre enquanto estava a ser, achava eu, a minha melhor versão, também fiz escolhas erradas e erradamente deixei que na minha vida, ao redor do que teria que ser o meu "lugar", ficassem uns quantos, vazios do que precisava e tão cheios do que nunca me serviria. , cresci, tornei-me mais forte, ainda mais resiliente e segura de toda a insegurança com a qual teria que lutar. , sempre e tão sozinha, que passei a ser a minha melhor companhia.

Ainda me lembro de me rir do que hoje nem me arrancaria um sorriso, fingindo o que nunca poderia ser, mas também foi lá que me parei, no preciso momento em que já não me voltaria a parecer com a pessoa que via no espelho e que me refletia por dentro, da forma que jamais alguém foi capaz de ver.

Gostar de ti é...

maio 29, 2022 0 Comments


Já me vou dizendo o quanto gosto de ti, sempre que desperto para um novo dia que sei te incluirá e que deixará o meu coração a sorrir, porque todo o meu corpo te reclama e sente o toque da noite anterior, mesmo que só em pensamento.

Estou a olhar para o teclado do computador e a pensar que muito provavelmente as minhas palavras jamais serão fortes o bastante, ou intensas quanto desejo e nem sequer tão grandes quanto tudo o que já me deste, porque tens uma forma de me recordar que sou realmente importante, que te consigo mudar e que te acrescento a vida toda que me devolves.

Gosto de ti, agora, de uma forma tranquila e sem pressas, à espera que me incluas totalmente e sem reservas; Gosto de ti, sobretudo pelas gargalhadas espontâneas, pela capacidade de me mimares, de me cuidares e de me olhares por dentro e gosto de ti como a pessoa que passou verdadeiramente a importar. 

Gostar de ti é o que me permite continuar a querer que tudo se encaixe, que te consiga manter por perto e que passes realmente a ser a pessoa por quem esperei, até ao primeiro dia do único mês possível, neste calendário inesperado da vida!

28.5.22

Já estás na minha pele!

maio 28, 2022 0 Comments


Começaste por ser aceite pelo coração, o tal que ou bate desenfreado, ou regressa aos batimentos normais, sem se interessar por mais nada, nem ninguém. Depois a minha mente decidiu analisar-te, para perceber se terias alguma das características que tanto me importam e sem as quais jamais embarcarei numa aventura emocional. Gostei de cada uma, revi-te em todos os comportamentos e senti-te em todas as emoções, mesmo nas que receaste mostrar. Depois e só depois é que veio a pele, não menos importante, porque ou nos entranhamos, ou estranhamos sem volta.

Já estás na minha pele, cada pedaço de ti tem-se vindo a juntar a cada pedaço de mim, impedindo-me de voltar apenas a ser eu no que quer que faça. Para qualquer decisão, para os passos que antes dava solitária e até para as decisões que tenho que tomar, estás lá, aqui, sendo parte do que já sou e permitindo que me sinta mais completa e acompanhada. Já estás na minha pele e passei a sentir o que sentes, a tristeza, as desilusões, mas também os prazeres, as conquistas e sobretudo e mais importante ainda, o amor que me tens, esse sinto-o mesmo que ainda me atreva a questionar a forma e a origem.

Sei que duas pessoas jamais poderão ser apenas uma e que tentar nem sequer é realista, mas podem fazer mais sentido, podem querer de forma parecida, ajustando os gostos, ou vivendo-os separadamente, porque o prazer de uma crescerá até à outra. Sei que te escolhi primeiro, mas apenas enquanto já me escolhias.

26.5.22

Estás tranquilo?

maio 26, 2022 0 Comments


Quando estou tranquila sei que te sossego. Quando recebo o que dizes sentir por mim, acreditando, permito que o teu amor cresça, sem reservas e reservando-me o melhor de ti. Quando deixo de duvidar e afasto as inseguranças, seguro mais o que estamos a construir. Quando e sempre que te dou apenas o que já armazenei, da melhor forma, percebo que me dou como precisas e acertamo-nos ainda mais.

Gostar de ti tem sido uma viagem completa, sem momentos parados, porque nos impusemos uma velocidade que estamos a conseguir acompanhar, mas com curvas sinuosas e crateras que parecem abrir-se nem sabemos de onde. Querer que me queiras tanto quanto aprendi a querer-te e já nem me conseguindo lembrar do antes, do dia que antecedeu o primeiro e no qual tudo parecia correr com total controlo, por vezes fragiliza-me, mas também me permite acreditar nas relações. Esperar que a espera termine para que saibamos exatamente o que significa estarmos a percorrer o mesmo caminho, está finalmente a serenar-me.

Quando me impeço de te testar e sei que o faço muitas vezes, permito que te mostres mais e que também pares de te segurar, defendendo-te do que NUNCA seria capaz de te infligir. Quando nos armamos menos e deixamos livres os braços que servirão apenas para os abraços que nos restauram, o ar torna-se mais leve e o respirar natural, como é suposto. Quando nos sabemos amar da exata forma que esperamos ser amados, as peças que faltavam encaixam-se.

25.5.22

Mais fácil ou difícil?

maio 25, 2022 0 Comments



Porque é tão difícil tornar as coisas mais fáceis?

Não entendo o que justifica tantos recuos e avanços, quando até já se percebeu que se quer manter a viagem. Talvez e porque quando menos se espera, chega uma palavra, um olhar ou um gesto que mudam tudo, arrefecendo o ânimo e enregelando a alma. Os medos deixam-nos mais sensíveis, já para não falar das dúvidas, mas a verdade é que a realidade de cada um influencia as atitudes, até as que não se tomam.

Porque é tão difícil simplesmente respirar, usufruir, aceitar e prosseguir?

Não seríamos tão humanos se não procurássemos o lado escuro da lua, por isso deixamo-nos ir pelos caminhos mais duros, passando ao lado dos mais suaves e que até nos curariam de vidas passadas. Deveríamos respirar mais lentamente, evitando acelerar o que deverá ser vivido devagar. Deveríamos perceber que nem sempre se percebe tudo à primeira e que as respostas às perguntas que não devemos fazer em cada início, mas que estarão sempre presentes, chegarão para que sejam cada vez menos. Deveríamos ser capazes de sentir o que sente a pessoa que a nossa aceita, para que nunca a chegássemos a magoar. Deveríamos fazer tanto, quando o amor é grande, mas ainda assim nunca passaremos conseguir fazer o suficiente.

Porque é tão difícil amar sem cobrar?

24.5.22

Não desistas, não ainda!

maio 24, 2022 0 Comments



Não desistasnão ainda, dá-lhe tempo, tenta percebê-lo, lê-o melhor e o "esforço" seguramente que acabará por compensar!

Não desistas de quem parece ter sabido como te tocar. Não desistas de um amor que surgiu quando mais nenhum te parecia já ser possível. Não desistas de tudo o que vos une, de cada pequeno nada em comum e que até se tem transformado no muito que já te atreveste a sentir.

Os medos, as dúvidas e as incertezas vão sempre existir, mas podes escolher confiar, deixando que ele veja como és e olhando-o como ele na realidade, porque algumas pessoas foram feitas para estarem juntas, para se tornarem mais completas, fornecendo, cada uma, o seu pedaço de história e ajustando o que ambas procuravam. Os medos impedem-nos de tanto, que já nada do que éramos antes, nem a coragem que parecíamos ter perante a vida, tem forma de nos conseguir confortar nos momentos mais desafiantes. Os medos atiram-nos até para a chuva, deixando-nos de alma ensopada e numa solidão que se entranha na pele e na carne. Os medos fazem-nos esquecer de tudo o que já fomos capazes de suportar, vencendo cada etapa e passando às seguintes, mais capazes e confiantes.

Se desistes, vaticino que muita dor estará à espera, na vossa esquina, para um e para outro e que acabarão tão magoados, que o afastamento emocional com os outros será ainda maior e mais difícil de suportar. Dá-te mais uma chance, mesmo que seja a última e se mesmo assim não resultar, estarei aqui para te dar o abraço que te encaminhará, aliviando-te de alguma dor e garantindo que terás mais dia depois do cinzento e que sobreviverás a tudo, mas não sozinha.

Não desistas, não ainda e persiste, já que resististe tanto tempo.

23.5.22

A primeira vez de muitas!

maio 23, 2022 0 Comments



Como foi, está a ser e imaginas que será mais uma primeira vez?

Os começos e muitos recomeços a que a vida nos obriga, nem sempre são suaves e carregados de arco-íris, porque a realidade tem sempre uma forma, "real", de nos fazer caminhar com os pés primeiro. A primeira vez que acreditei já não a ter que voltar a repetir, fez-me aprender de que forma me mover, sentindo e oferecendo o prazer que me moveu durante umas quantas décadas. A minha primeira vez foi bonita e simples, mesmo que envolta na complexidade da inocência, mas acabou por se transformar na que pautaria todas as outras. Tive mais umas quantas, todas diferentes, mas sempre iguais na entrega e no desejo que apenas o amor provoca. Tive corpos e mãos que me tocaram, sabendo como e onde e olhares que se misturaram no meu, falando muito para além das palavras. Fui sempre eu em cada primeira vez e senti, sem qualquer surpresa, que estaria mesmo a recomeçar, mas em começos que nunca se assemelharam a nada remotamente parecido. 

Os amores que me entraram alma dentro, sem pedir permissão, aconteceram quando era suposto, mesmo que me surpreendessem pela enorme entrega que colocava em cada um. Tive-os de diversos formatos, mas sempre com uma forma comum, a minha, porque nunca me afasto demasiado do que sou na essência, de contrário nunca me chegariam a conhecer.  As primeiras vezes testaram-me alguns limites, levando-me a crescer mais um pouco e a saber do que aparentemente nem sabia, mas que envolvia, muito bem, no que sentia e fazia crescer, porque apenas dessa forma os amores crescem. Tive beijos que me ensinaram a beijar e outros que me forçaram a ensinar de que forma queria ser beijada; Tive toques que reconheci de imediato e outros que levaram mais tempo a tocar-me por dentro; Tive quem me fizesse sonhar estando bem acordada e tive os que me acordaram mal me atrevi a sonhar; Tive as experiências que mantenho ainda hoje, porque sou feita de todas, mas deixei-as no lugar que lhes pertence, "lá", com as pessoas que as provocaram. 

A primeira vez que decidi já não voltar a ter mais nenhuma, saiu-me trocada, trocando cada uma das voltas que me habituara a dar. Não me importei de me provar errada, mas importava-me saber o que ainda conseguiria provocar em quem chegasse e se instalasse por me conseguir ver. Não sei como é suposto ter mais uma primeira vez após umas quantas, mas pretendo aprender, estou sempre pronta a acrescentar outras páginas ao livro da minha vida e a juntar as legendas que me farão ler melhor. A primeira vez que acreditei que o amor por si só bastava, esbarrei na impossibilidade de usar o que julgava saber e percebi, da forma mais dolorosa possível, que nem sempre temos o que os outros acreditam precisar e foi com ela que tive uma ENORME vontade de que esta fosse realmente a minha primeira vez e que não soubesse NADA sobre a agonizante dor que a impotência, a minha, provoca. Mas como existe sempre uma primeira vez para tudo, seguramente que nas seguintes já saberei o que ainda me faltava.


22.5.22

O que é que um abraço não cura?

maio 22, 2022 0 Comments





O que é que um abraço não cura? Que dores se conseguem manter dentro depois de sentirmos os corações a bater, bem juntos e pelo tempo que o abraço durar? Quanto de nós conseguimos passar quando nos passamos em abraços sentidos, dando ao outro o tempo, o momento e o lugar que passará a ser apenas o que importa, porque tudo o resto deixará de importar?

Quando me abraças a distância esfuma-se, as dúvidas deixam de fazer sentido e o meu corpo reconhece o teu, percebendo que apenas poderás ser tu, por mais que tentemos fugir de nós. Quando o teu abraço chega, envolto no maior sorriso que consegues colocar, colocas nos meus lábios o que terás que beijar para que permaneça, pelo menos pelo tempo que estivermos abraçados. Quando me encaixo, sem qualquer esforço, nos braços que me recebem, sinto o que nem as palavras explicam e deixo que o mundo fique para lá de nós. Juntos, nos abraços que prolongamos para que as almas se reencontrem e falem de todas as vidas em que se encontrem e perdem, mas apenas para que se voltarem a tocar, o tempo pára de correr.

O que é que desejo quando sinto o teu abraço? Que me limpes os medos, afastando, para bem longe, o que nos impediria de estar perto. O que espero que aconteça quando e sempre que te vejo de braços abertos para me receber? Que já saibas o quanto estou em ti e sem vontade que o fim do abraço nos afaste do propósito que nos juntou e que me vejas e sintas como apenas sou para ti, para que nunca me soltes do abraço que seguramente continuará muito para lá do tempo que durar.

21.5.22

O silêncio pode ser de ouro, será?

maio 21, 2022 0 Comments


"O silêncio bem utilizado é a melhor ferramenta para desativar tensões, potenciar encontros e eliminar erros de linguagem. O silêncio pode facilitar a comunicação mais íntima e profunda entre as pessoas"!

Quem me conhece e acabou de ler isto, deve estar a achar que bebi algo bem forte, ou que passei a sofrer de uma doença mental irreversível. CALMA, porque também tive que ler isto 2 ou 3 vezes para lhe achar sentido e não é que consegui? O que está escrito no início do post, vem num livro cujo título sugestivo é este: "A arte de arruinar a sua própria vida". Porque é que o estou a ler? Bem até eu faço, por vezes, coisas sem qualquer nexo. Nada disso, foi pura curiosidade, foi mesmo o julgar de um livro pela capa.

Agora vamos lá tecer considerações. CLARO que sou avessa aos silêncios. CLARO que sendo a mulher das palavras, jamais poderia oferecer silêncios, muito menos para desativar tensões, porque tensa fico eu e deixo os outros a trepar paredes, se não tiver forma de dizer o que estou a sentir e a pensar. Potenciar encontros? Esta teve IMENSA piada. Senão vejamos: Não se diz nada, fica-se num silêncio típico dos cobardes e mesmo assim consegue-se potenciar um encontro? Expliquem-me lá esta, se conseguirem, mas como se eu fosse realmente, loura. Eliminar erros de linguagem. Óbvio, quanto menos se disser, menos se arriscas a dizer de forma errada. Simples!

Agora a parte com a qual concordo plenamente, mas apenas e só quando já existe uma relação bem sólida. "O silêncio pode facilitar a comunicação mais íntima e profunda entre as pessoas". Poder estar em silêncio com a pessoa que nos preenche, sem causar constrangimentos, sem levar a que o "outro" pense de forma errada, no que pensamos nós, significa que estamos solidamente instalados e que nos conhecemos, tão bem, que as palavras se tornam dispensáveis. Nem todos o conseguem, mas quem sabe não terá sido pela falta das palavras certas, usadas nos momentos certos. Já pensaram nisso?

Bem, na minha avaliação geral e eu que não a fizesse, deixo um conselho:

Vejam lá se não arruínam, mesmo, com a vossa vida, só por terem medo de usar vocabulário que até já aprenderam na escola primária!

Quando é feito com amor!

maio 21, 2022 0 Comments


Tudo aquilo a que nos propomos, cada projeto e sonho perseguido, tem sempre um duplo sabor quando é feito com amor. Quanto a isso julgo que ninguém tem nada contra.

Felizmente para mim, por um lado, tenho sempre trabalhado em áreas que me deram imenso prazer e de cada vez que deixou de ser assim, voei o mais alto que pude e fugi; Do tédio, da rotina, das mentes pequenas e sobretudo da falta de visão, mas isso tem-me custado, obviamente, alguns dissabores sobretudo financeiros, porque poderia já ter viajado meio mundo e conhecido outro meio, bastando que não tivesse muito para opinar. Fugindo ao que a maioria das pessoas faz, não considero que umas férias durante o verão, ou uns quantos dias no inverno, compensem o restante ano, o que fazemos da vida deve ser contínuo e não apenas centrado em algo que jamais terá poder para abafar o que nos minará a alma e a resistência física. Recusei-me sempre a viver segundo as convenções, contentando-me com o expectável e parando de esperar pelo melhor, acomodando-me ao pior.

Amor, paixão, entrega, não são apenas adjetivos comuns às relações amorosas, o trabalho, a nossa "luta" diária, pede tudo isto e exige-os uma exigência maior, porque é a trabalhar que passamos grande parte dos nossos dias. Nunca quis pouco, nunca me contentei com migalhas, vindas de onde quer que viessem, até porque tenho filhos a quem tudo o que faço influenciará de uma maneira ou de outra. A coerência e a determinação, levar-nos-ão sempre muito longe, acreditem.

Quando é com amor, até o sol rompe em dias cinzentos e a chuva passa a ter um som especial e reconfortante!

20.5.22

O que procuramos e esperamos?

maio 20, 2022 0 Comments

O que procuramos e esperamos de quem nos procura, mesmo que ainda não o saiba, sobe umas quantas fasquias e faz com que desejemos quem seja capaz de superar o que tem em si, tornando-se melhor, maior e mais resiliente. O que procuramos e esperamos encontrar, são almas que se coloquem ao dispor do conhecimento que terão que acumular, para que sejam válidas, validando os sentimentos do coração e juntos possam regular os medos e o papel, infinito, do cérebro que é o de nos proteger. O que procuramos em quem desejamos, é que deseje limpar-se de tudo o que o possa afastar do propósito maior, que é o de fazer o bem, estando e sentindo que tem o que basta e bastando ao outro para que também ele se limpe do que quase o "matou".

O que me regula é o infinito, o que me permito olhar, tudo o que me disponho a aprender, apreendendo regras de conduta e vontades que não podem colidir com as dos outros, mas afastando tudo e todos quantos colidam com o meu bem estar. Não existe um único dia em que não me deixe surpreender e nenhum dos anos que já conto passaram, ou alguma vez passarão em vão, porque os vejo refletidos nos seres que generosamente me foram confiados. O que me enche de orgulho e dum prazer inexplicável, é a sabedoria que lhes parece vir de dentro, de forma natural e espontânea, mas auto regulada, porque também eles têm sede de mais e do que é maior. O que me afasta dos pensamentos menos bonitos, ou mais reais, porque a realidade é por vezes maior do que o nosso desejo de a embelezar, é perceber que fiz exatamente o que me cabia e que por isso, hoje, cabe na mente e no coração dos meus filhos, o entendimento de que o mundo também lhes pertence e que o podem querer e fazer grande. Sinto que conquistaram a resiliência que os permite distinguir o que lhes serve e que apenas permitirão por perto, o que ainda lhes acrescentar mais. O que não me deixa de querer continuar a procurar, é a certeza de que acabarei por encontrar quem e o que fará mesmo sentido.

19.5.22

Com ou sem roupa?

maio 19, 2022 0 Comments



Com ou sem roupa?

Gosto de ti, TODA, mesmo que tragas a roupa que te rouba de mim, porque te alongas em minutos que se transformam em horas para estares ainda mais bonita, se é que tal é possível. Sabes como me deixar louco, usando vestidos sinuosos que se colam a esse corpo que não me canso de ter. Toda tu permaneces um mistério, rodeada das cores que te iluminam, com os azuis que realçam os olhos, os vermelhos que te dão ainda mais poder e com os brancos que fazem parar até o 112, porque a tua pele morena fica mais viva e ainda mais sensual.
Fico deliciado a ver o teu sorriso de enorme prazer, enquanto passas as mãos sobre cada sapato, escolhendo devagar o que conjugarás com a roupa que certamente me apressarei a tirar, mas que fará toda a diferença e que me deixará orgulhoso por ser o escolhido, aquele que os outros invejam, porque podem apenas imaginar o que vejo.
- Oh mulher sensual, onde foste buscar esse corpo que me enlouquece, com e sem roupa?
Estás a olhar para mim e a morder os lábios de forma marota, escolheste o corset que levará mais algum tempo a ser despido, mas já te posso imaginar, quando as minhas mãos tocarem cada pedaço de pele que fica ainda mais aveludada só de me sentires.
- Gostas assim?
Palavras para quê, qualquer espera valerá sempre a pena, mesmo que vestisses todas as peças desse armário que ameaça engolir-me se me distrair!

18.5.22

Do que gostas afinal?

maio 18, 2022 0 Comments


Gosto de pessoas simples, mas cheias de uma complexidade que desconstroem com imensa facilidade. Gosto de quem usa a criatividade para colocar mais cor na vida dos outros. Gosto de sorrisos francos e sem esforço e de risos que surgem do nada e por vezes do que nem tem piada. Gosto do humor algo estranho que apenas têm os que conseguem ver o mundo para lá do óbvio e que por isso carregam uma leveza que nos retira o peso dos dias mais escuros. Gosto de pessoas no geral, mais de algumas que não parecem caber em nenhuma caixa, por não procurarem validação e das que já parecem ter percebido tudo o que à maioria levará mais do que uma vida.

Em que ponto e momento te encontras agora e que expectativas colocas no que te surge, pelas mãos do acaso que nunca o será na realidade? Quem sentes ser enquanto és de formas diferentes para cada pessoa, lugar ou situação. Até onde te vês a chegar e que importância dás ao que será tão importante que até te muda, ou tão insignificante que já nem te toca? O que pretendes ter no teu percurso e o que estás disposto a fazer, ou a abdicar de, para que nada to impeça? 

Gosto de respostas óbvias quando estou mais tranquila, mas também aprendo, diariamente, a gostar das que surgem e me fazem pensar e quiçá até mudar ou reavaliar. Gosto de acumular as experiências que saberei passar aos meus e para essas, na maioria das vezes, nem precisarei de sair do sofá. Gosto de gostar sem julgamentos alheios, mas esforço-me, grandemente, por gostar da forma que me torne mais gostável.

17.5.22

Sete anos de mau sexo!

maio 17, 2022 0 Comments



Sete anos de mau sexo, dizem que é a maldição inevitável que se abate sobre todos aqueles que não brindam olhos nos olhos. Felizmente que não brindo muitas vezes, até porque não bebo bebidas alcoólicas, mas também não me queixo de mau sexo, nem por tantos anos, mesmo que não tenha sexo nenhum, nem bom nem mau e já bem a caminho dos sete. 

Mal percebi que me cabia por direito escolher, desatei a fazer escolhas que me incluíssem e se em alguma tivesse que deixar para trás alguém, fazia-o, consciente de que me estava a escolher a mim. Também tive a minha dose de más escolhas, mas arquei com cada uma estoicamente, responsabilizando-me pelo tempo e momento em que vi o que não existia. Mal percebi que os anos não poderiam simplesmente passar por mim, não sem que tivesse uma palavra a dizer, disse-me tudo o que precisava de ouvir, baseada em estudos, em pessoas para as quais olhava com admiração e em memórias que não apaguei até que criasse novas.

Seis anos de abstinência em termos de relações com substância. Seis anos de muito mais crescimento emocional e seis anos que se revelaram essenciais à minha perceção do outro, da vida, dos lugares que me receberam e do quanto precisava de ter o meu, interno, para não estar sujeita às mudanças inevitáveis. Quem sou volvidos seis anos? A pessoa que encontrou respostas para muitas das perguntas que não me saiam da cabeça, mas que teimava manter. Sou muito mais crente no amor, mesmo que continue sem o entender, não porque seja complicado, mas porque o complicam sem que nada possa fazer para o evitar. Sou mais tranquila e por isso regenero-me à velocidade da luz. Continuo lamechas e já só choro pelo que me parece importante, mesmo que abra as torneiras quando vejo filmes com histórias bem reais. Desafio-me sem receios e passei apenas a recear que o exterior me condicione, impedindo-me de correr, porque caminhar já não me basta. Encontro explicações para muitas das coisas que antes me pareciam distantes e incompreensíveis e já não culpo ninguém, seja o mundo, Deus ou o Universo, pelo que falhei ver, quando supostamente estaria a olhar para o lugar certo.

Sete anos de mau sexo e muitos mais, terão os que permitiram que a vida os sufocasse, esquecendo-se do quanto pode ser bom dar e receber prazer. Sete anos de mau sexo desejo aos que o têm diariamente, mas que ainda assim escolhem não o ter de todo. Se ao menos se focassem nos benefícios, sobretudo as mulheres, iriam perceber o quanto poupariam em terapia, em cremes e massagens que só lhes massageiam o ego. Sete anos de mau sexo, ou quase sete de sexo algum? Venha o Demo e escolha!


Os teus e os meus 28 anos de vida!

maio 17, 2022 0 Comments


De repente, mesmo que saiba que não foi do nada, até porque vivi intensamente cada etapa, o meu primogénito faz 28 anos.

Usei os 336 meses para o fazer crescer, passar segurança e corresponder às expetativas que nem sabia ter de mim. Nunca desejei que estivesse mais à frente, que crescesse rapidamente, ou sequer que não me motivasse a ser mais habilitada, mais forte e estruturalmente mais capaz, por isso as 1,460 semanas chegaram e terminaram a validar tudo o que acreditava estar a fazer da forma certa, mas dando-me tempo para ajustar o que não funcionara tão bem. Tanto que ensinei e aprendi em 10,220 dias. Tanto que senti e fiz sentir, permitindo-lhe usar de cada ferramenta que selecionei, meticulosamente, para que pudesse resistir aos embates do mundo. Tanto que chorei, com ele e sozinha, de cada vez que duvidei do maior papel que alguma vez me coube nesta vida.

Estive e continuo muito presente. Nunca reclamei, por um minuto que fosse, do muito que precisei de lhe dar para que um dia já tivesse recebido tudo. As 245,280 horas foram verdadeiramente vividas. Não deleguei a mais ninguém a enorme responsabilidade de lhe ampliar o carácter, mostrando-lhe, como apenas eu poderia, o poder de nos sabermos emocionalmente preparados, para nós e para os outros. Ensinei pelo exemplo e nunca apregoei o que eu mesma não seria capaz de cumprir. Mesmo que em nenhuma das horas vividas se tivesse apercebido do quanto o estava a guiar, hoje é ele que conduz a sua própria vida, deixando-me orgulhosa em cada nova etapa, refletindo, na perfeição, tudo o que absorveu por imitação.

Se os 14.716,800 minutos que resultaram dos 883.120,000 segundos dum relógio bem afinado e a funcionar em sintonia, não tivessem produzido o ser admirável a quem chamo de filho, então a minha derrota seria muito pesada. No entanto, hoje, dia 17 de Maio do ano de 2022, celebro de longe, mas sempre e para sempre perto, o dia em que descobri que afinal só começara verdadeiramente a viver, por ter apresentado ao mundo a razão pela qual deveria estar aqui.

De repente o meu primeiro filho completa a mesma idade que tinha quando passámos a ser a única família que permanecerá para sempre.

15.5.22

Escolhi lembrar-me de ti à minha maneira!

maio 15, 2022 0 Comments



Escolhi lembrar-me de ti à minha maneira. Escolhi percorrer todos os passos que nos faltaram, acrescentando os que seguramente teríamos escolhido em comum, se não tivesses escolhido não me escolher. Escolhi ver-te de uma forma bonita, retirando o formato que nunca me poderia ter servido, porque estavas demasiado danificado para me conseguires ver. Escolhi seguir em frente e mesmo que aches que te estou a magoar, lembra-te do quanto o fizeste primeiro.

O tempo sem sons não se restaura quando os decidimos usar. As palavras que oferecemos, como se de um prémio se tratasse, a quem nunca fugiu delas e as usou para que o vazio não se instalasse, já não terão forma de chegar ao lugar para o qual apontamos, não quando deixámos de apontar na direção certa.

Escolhi entender do que não entendias, libertando-me do peso de ter que me explicar uma vez mais e muito provavelmente para lá da minha capacidade emocional. Escolhi a paz, deixando para ti a razão, qualquer que tivesses tido e sei que saí a ganhar. Escolhi sorrir ao que me ensinaste e resolvi aprender, sem prazos impossíveis de cumprir, que a vida é possível sem quem julga que julgar é a solução, esquecendo-se de apenas usufruir da viagem. Escolhi escolher-me e o resultado disso resultou na mulher que hoje sou, tão bonita por dentro, que dificilmente não seria visível por fora.

Quantos invernos tem a vida?

maio 15, 2022 0 Comments



A vida é carregada de muitos "invernos", mas eles passam e transformam-se em estações mais amenas, por isso não te foques demasiado no que te perturba, ao invés, desafia-te a fazer mais, repetidamente, para que a tua confiança cresça. O cérebro tem como função manter-nos vivos e é por isso que tantas vezes nos condiciona, enviando alertas constantes, mas como também ele pode ser dominado e reprogramado, aprende a preenche-lo com informações relevantes, atribuindo-lhe tarefas que te beneficiem e não lhe dando demasiado tempo de antena no que diz respeito ao medo. Informa-te, estuda-te e ao mundo e perceberás que os momentos difíceis são cíclicos, por isso aceita-os, ou de contrário viverás de forma pequena e condicionada pelo período que te será permitido. Não te deixes apenas passar por aqui, foge do errado, descarta o que não te serve, fazendo mais e melhor, porque quando o futuro chegar, vais poder olhar para trás e ver apenas o que te levou ao lugar onde sempre mereceste estar.

14.5.22

Se disser que te amo, acreditas?

maio 14, 2022 0 Comments



Se disser que te amo, acreditas? De que forma tenho que ser para ti e o que me cabe fazer para que o que sinto te faça sentido?

Nem sempre sabemos do que permitiria ao outro saber sem quaisquer dúvidas ou receios, Nem sempre nos damos o bastante para que baste uma das palavras mais simples, mas igualmente poderosa, quanto é o "amo-te". Nem sempre a chegada revela o que a viagem precisará de ter para que se tenha um pouco mais do que antes, passando a desejar tudo para o depois. Nem sempre será tão claro que nenhuma luz nos apague.

Se te disser que me ligas todos os botões, até os que julgava não ter e que cada um servirá para nos ligar de forma mais real e intensa, será que te sossegarei a mente inquieta, ou te provocarei ainda mais receios? E se disser o que ainda mais ninguém disse, não com a mesma intensidade, para que lugar irás querer ir, para mais longe de mim, ou tão próximo que nem a distância conte? E se te disser que amar-te já me parece pouco?

13.5.22

Porque será que entrei na tua vida?

maio 13, 2022 0 Comments



Não entrei na tua vida por te fazer falta, mas pretendo ficar para que a possas sentir. Não te dei o que tenho, em forma de palavras, de histórias que nem sempre partilho e dos sentimentos que me tenho reservado, com receio de viver mais exposta e sem as reservas que me protejam, apenas por ser demasiado crente, mas porque na verdade me deste espaço para te incluir. Cheguei sem aviso, mas vou já avisando que poderei sair à mesma velocidade, se funcionarmos de forma tão distinta, que acabemos irremediavelmente distantes de tudo aquilo que nos concede um chão firme para pisar. Nunca pensei que pudesse pensar em ti desta forma, mas incluir-te tem sarado o meu coração há muito fechado, permitindo que também ele se manifeste, dizendo-me o quanto lhe faz bem sentir que ainda consegue sentir algo por alguém.  Não entrei para te perturbar ou sequer ensinar o que já deverias ter aprendido, mas tão somente para te dar a provar do sabor doce que carrego por me ter carregado da forma certa durante todo este tempo.

Estamos numa viagem sem GPS e só nos temos a nós para sabermos como e até onde ir. Estamos com a mesma intensidade, assim escolho acreditar e ainda acredito que nos podemos acertar, acertando os ponteiros dum relógio que terá que ser comum. Estamos a querer o que parece fazer com que o outro nos queira mais, mas temos que saber de que forma permitir que o nosso desejo, as dúvidas e a inevitáveis perguntas, encontrem as respostas que ampliarão o primeiro e afastarão, para sempre, as que ainda pairam por aqui. Estamos junto porque queremos e mesmo que não tenhamos um nome para o que parece já ter acontecido, sei que assim continuaremos se soubermos de que forma resistir às dores do passado, aos desamores instalados e aos lugares dos quais saímos mais pequenos e doloridos. Estamos aqui por escolha e enquanto escolhermos continuar, parar nunca poderá ser uma opção.

Não entrei na tua vida por te fazer falta, mas ainda estou nela para que não tenhas que saber a falta que te faria se saísse!

12.5.22

Somos todos muito diferentes!

maio 12, 2022 0 Comments



Somos todos muito diferentes nas semelhanças, mas demasiado parecidos nas inúmeras diferenças que nos destacam, ou afastam uns dos outros. Somos feitos de massas distintas, umas que nos moldam a força e injetam doses cavalares de coragem, mas outras que nos mantêm frágeis e incapazes de reagir quando seria suposto. Somos livros abertos, mas com histórias que poucos conseguem decifrar, e com capas que nos induzem em erro, ou pior ainda, relatam com imagens o que as palavras não parecem ter forma de explicar, mas que me deixam desconfortável, porque sou das que acredita existir sempre uma forma, a certa e a única possível, de nos passarmos ao mundo, bastando que as usemos. Somos fruto de tudo o que decidimos escolher, atempadamente, evitando danos irreparáveis e do que deixámos por escolher e que nos impediria de recuar uns quantos anos, perdendo-os irremediavelmente, porque cada um terá o seu tempo e lugar. Somos todos diferentes, mas é mesmo isso que nos valida.

Não procuro por dias iguais ou previsíveis. Não me entrego apenas ao que já conheço, camuflando o aparente conforto que me causaria, porque preciso de me testar, de me superar e de continuar a querer outras formas e até quem sabe, um novo lugar. Não me reconheço quando me envolvo nos males do mundo, primeiro porque pouco me cabe mudar, mesmo que me mude no processo e depois porque continuo a acreditar que ainda existe MUITO para sentir e viver. Não sou das que desiste facilmente do que me espicaça a compreensão, mas compreendo os que precisam de desistir para que algo de útil ainda lhes sobre. Não me rendo à primeira, não aos desafios, mas é relativamente fácil que me renda aos que me trazem o que já não achava possível e ainda me arrancam sorrisos reais na viagem. Não amo por metades e nunca sinto sem um verdadeiro sentido. Não digo o que diria pouco de mim, por isso me calo algumas vezes, mas faço sempre por dizer o que nunca deixará dúvidas.

Somos todos diferentes e é por isso que me esforço por mostrar o lado que outros seguramente gostariam de ter, assegurando-lhes, ou tentando, que se consigo, então também o conseguirão, bastará que queiram deixar de lado as diferenças, agarrando-se ao que a ser igual, nos aproximará a todos bem mais.

11.5.22

Começa por "arrumar" a tua casa!

maio 11, 2022 0 Comments



Começa por onde tiveres que começar. Olha ao teu redor e entende o que pode ser melhorado, arrumado, ou reparado. Habitua-te a procurar por soluções, ao invés de te renderes aos problemas, fixando-te apenas no que os causou e não despendendo a necessária energia para os solucionar. Começa por te perguntares porque motivo te recusas a mudar o que já identificaste como sendo errado, adiando o que claramente te tornaria numa pessoa melhor. Começa por te posicionar estrategicamente no lugar dos outros e o teu passará a fazer ainda mais sentido.

Todas as coisas que fazes, diariamente, são muito importantes, por isso não as catalogues como mundanas, ou triviais. Os gestos repetidos ao longo da tua vida útil não são tão pequenos quanto os classificas, porque a verdade é que ocupam parte dos teus dias e refletem-se no teu bom ou mau humor, na vontade de prosseguires ou de nem piscares os olhos e na renovação da energia de que irás necessitar para que sejam verdadeiramente importantes e te permitam evoluir por as considerares. Tudo aquilo que te recusas reconhecer como sendo uma habilidade ou um defeito, impedir-te-á de fazer os tão desejados balanços, os mesmos que manteriam a tua vida equilibrada, ou tão "confortavelmente" desequilibrada que nunca irás querer mudar.

Começa pelo início sempre que o meio estiver tão bagunçado, que o final anunciado se avizinhe demasiado caótico para conseguires viver com qualidade. Usufrui do percurso que tanto te levou a percorrer e não desvalorizes o que te foi permitido provar, olhar, ver e sentir. Começa por conhecer cada detalhe de personalidade que nunca se assemelhará a nenhuma outra e lima as arestas para que possas ser mais do que apenas um número dentro dos triliões de seres que habitam este planeta. 

9.5.22

O que carregam as tuas palavras?

maio 09, 2022 0 Comments


As tuas palavras não podem carregar os sons dos outros. A forma como sentes tem que espelhar quem já és em cada etapa da vida que te cabe. A vontade que alimentas enquanto te estimulas e fazes por acreditar no que professas, tem que ir para lá da vontade dos que ainda não sabem no que acreditar. A tua coragem, até quando te sentes frágil, tem que se sobrepor a qualquer medo visível ou invisível. As tuas palavras carregam-te e é com elas que deves ensinar de que forma pretendes sem vista e entendida.

Cada dia uma nova possibilidade. Cada hora dos dias que poderão ser curtos para o que ainda pretendes fazer, ou demasiado longos se te mantiveres na sombra, será a soma das muitas que ainda virão na tua direção, por isso usa-as bem. 

As tuas escolhas quanto aos lugares onde ainda te desejas ver, por vezes esbarrarão nos pontos cardeais dos que planeiam, em demasia, o que fazer, onde ir e quando ficar. Os teus sorrisos escondidos, mas que te desenham a alma, apenas serão vistos por quem conseguir ler e entender cada palavra, decifrando o que sentes quando as partilhas, partilhando o melhor de ti. Os teus sonhos, dos quais nem arriscas falar, falarão, um dia, com o coração de quem saberá como sonhar contigo.

As tuas palavras sairão com tudo o que tiveres dentro e por isso usarás as que bastarão para sarares quem se magoou demasiado, ou para magoar quem se recusa a sarar do que já nem deveria magoar. As tuas palavras podem fazer magia, as minhas sei que fazem, primeiro comigo e depois com quem as sabe ouvir. 

8.5.22

Escolho continuar a escolher o que já escolhi!

maio 08, 2022 0 Comments



Escolhi, em determinada altura e por achar que devia, não voltar a sentir, afastando assim todos os que até poderiam ter entrado. Escolhi escrever o meu roteiro, mudando as personagens, os lugares e até as emoções, acreditando que estaria mais em controlo da vida que teima a entrar, sem aviso prévio, para descontrolar tudo. Escolhi ser menos para os olhares externos, enquanto me tornava em muito para mim mesma e reconhecendo-me bem mais. Escolhi velocidades mais dinâmicas, acelerando-me quando me sentisse a querer parar, mas parando-me para não desatar a acelerar sem motivo. Escolhi ser a pessoa mais importante da minha vida, concedendo aos outros a importância que precisarei que tenham para me conseguirem ter. Escolhi esta versão de mim e ainda não tive como me arrepender, nem por um minuto que fosse.

A vida não é feita apenas de momentos altos, até para os que estão em paz consigo, sabendo o que precisam de acrescentar e retirando o que apenas serviria para diminuir. A vida são desafios constantes, solavancos em estradas aparentemente seguras e pouca segurança até quando julgamos estar a vigiar todas as frentes. A vida, a nossa, é feita de tudo o que nos propusermos fazer, mas demasiado pequena se nos encolhermos perante cada novo desafio. 

Escolho ser sempre a minha melhor versão, retirando as lascas que sobrarão de tanto limar arestas. Escolho saber TUDO quanto seja possível sobre quem escolhi ser, porque não descarto o que me trouxe até a este ponto e lugar. Escolho analisar TUDO até à exaustão, mas apenas para que não precise de me cansar tanto depois. Escolho amar sem reservas, mas reservando-me o direito de apenas ser amada da mesma forma. Escolho começar, recuar, reavaliar e até eventualmente parar, mas entendendo cada motivo, porque apenas assim poderei errar menos, deixando como legado, aos meus, a resiliência, a busca incessante pela perfeição, mas aceitando-nos imperfeitos. Escolho sorrir-me mal acordo, para que me certifique de que estou e sou capaz de continuar a fazer as escolhas que me acertam. Escolho por tudo isto voltar a amar, desejando que esta nova escolha me ensine o que sozinha pareço não conseguir.

7.5.22

O que é que um sorriso não resolve?

maio 07, 2022 0 Comments



O que é que um sorriso não resolve?

O meu assegura que estou de alma tranquila e pronta para qualquer viagem ou conversa. Com o meu sorriso digo tudo o que as palavras escusam e acompanho-o, quase sempre, com um olhar que olha mesmo e bem dentro dos olhos de quem me deixa a sorrir. Sorrir é o reflexo dum estado de alma e a minha está a cada dia mais serena, até quando a desafio, querendo rever matérias há muito dadas e bem avaliadas.

Sorri para validares, incluir e aceitar. Sorri quando nada de bonito te cruzar os lábios e sorri sempre em alternativa ao silêncio que também se impõe, mas suscita dúvidas. Sorri por dentro e por fora e vais sentir que te sentem melhor. Sorri ao invés de reclamar, porque é mesmo verdade que um sorriso tudo resolve, até os maus humores alheios, revertendo as suas incapacidades de sorrir sem esforço. Sorri para que saibam que o sim é possível, mas sorri também quando o não for inevitável, porque não precisas de escurecer, ainda mais, o que não carregará sorrisos regeneradores. Sorri para mim, com vontade e só poderás ter o meu sorriso de volta!

6.5.22

Preciso de ti!

maio 06, 2022 0 Comments


Precisamos sempre de tempo para termos mais tempo um para o outro. Precisamos de aprender a ler instruções sem palavras, a tocar sem resistência ou receios e a sentir do que sente a pessoa para quem olhamos.

Preciso de ti, é um facto e preciso sobretudo de confirmar a necessidade que sentes de mim, porque é isso que nos assegura do que ainda não sabemos ser certo. Preciso do tamanho do teu amor, porque o meu já é suficientemente grande. Preciso de te sentir seguro, porque disso depende a minha segurança, arrojo e confiança. Preciso de continuar a precisar de ti assim, sem medidas, nem restrições.

Temos que nos focar mais na viagem, ao invés de ansiar tanto pela meta. Temos que nos ter como apenas nós sabemos e da forma que sabe bem ao outro, porque temos tudo para dar certo, até no que ainda é errado. 

5.5.22

Aprender a viver no hoje!

maio 05, 2022 0 Comments



Aprender a viver no hoje é cada vez mais premente, porque nada do que possamos ter tido ontem nos bastará, se não o sentirmos no único momento que temos e que é o agora. Aprender a interpretar os sinais, sobretudo os nossos, poderá livrar-nos de muitos males desnecessários e seguramente que passaremos a ler melhor os outros, ajustando as suas palavras ao que  verdadeiramente são. Aprender a aceitar os inevitáveis avanços e recuos necessários a qualquer início de relação, também nos deixa mais capazes de avançar sempre que nos soe bem e a recuar quando já não fizer sentido.

Quem disse que sermos dois era fácil, ou mais previsível para os que pensam, sentem e vivem em moldes idênticos? Ninguém, porque nenhum tolo o poderá jamais garantir. Onde andam os que já deveriam andar juntos, a viver o que ainda não lhes tinha sido permitido, mas que lhes cabe por direito? Que lugares os levaram para tão longe que não se souberam ver, mas que os aproximaram pelo que ainda teriam que viver?

Precisamos de aprender a escutar com atenção tudo o que ouvimos, afastando o que por vezes nem sequer é dito e dizendo apenas o que fizer sentido no momento, porque é o que nos segurará quando as dores forem demasiado fortes. Temos que aprender a entender os motivos que subtraem as palavras que julgamos merecer ouvir, mas que acabarão por surgir, quando fizerem mesmo falta. Apenas aprendendo o suficiente sobre o outro saberemos como nos passar à velocidade que lhes saberá a certo e apenas assim estaremos realmente a viver cada nova experiência.




4.5.22

O que sou para ti de cada vez que me tocas?

maio 04, 2022 0 Comments



O que sou para ti de cada vez que me tocas? De que forma vês cada parte de mim, será que separas as que não te movem, assustam ou impedem de funcionar, ou apenas as misturas, desejando que te façam eventualmente sentido? O que sou, mesmo, para ti, quando e de cada vez que sinto que não estou a ser o suficiente? O que precisas de ter, pensar, sentir ou fingir, para que sintas algo comigo?

Já estivemos no mesmo ponto e momento. Já fomos tão cúmplices que nenhuma intimidade nos afastou, tal como a falta dela não nos demoveu de sermos e termos mais. Já acreditámos no que parecia ser natural, certo e capaz de espicaçar a nossa capacidade de nos bastarmos. Já percebemos que o nosso amor nos impede de procurar por um outro, mas parecemos perceber cada vez menos deste modelo de emoção, que parece envolto em mais dúvidas do que certezas. Já me despi de corpo e alma, mas ainda te vejo cheio de roupa e de armaduras, a deixares escapar pouco do que provavelmente explicaria tudo. Já te quis longe, sem as dores que me infliges por seres incapaz de me sentir e reconhecer, mas continuo a querer-te perto o bastante para perceber do que afinal percebo de mim, de quem sou e do que terei que me permita ter-te. Já me encolhi no chão, no canto oposto aquele de onde me vejo e para onde olho quando me quero ver. Já acreditei ser muito mais do que aquilo que mostro, mas e se for mentira, a minha mentira assumida e que me impede de aceitar que ainda não me aceitaste?

O que será que sou para ti de cada vez que julgo estar a ser tudo?


1.5.22

Quando serei a tal de alguém?

maio 01, 2022 0 Comments





Será que ainda terei como ser a "tal" de alguém? Será que saberei como passar o que já armazenei, primeiro para mim e depois para quem chegará com tudo, para que tudo receba?

Penso muito menos no que provavelmente até já deveria ter chegado, porque agora vivo da forma mais serena e revolta que consigo, sendo o vento que agita o mar, mas também ameniza as temperaturas altas. Vou a menos lugares, mas estou cada vez mais inteira em todos onde me encontro. Não me fixo no que ainda não chegou, mas sei de tudo o que me chegará, porque para isso trabalho e porque sinto todas as emoções que provocarão quando estiverem aqui, no meu hoje. Já sou parte de todas as partes boas que construí, mas que ainda reavalio, corrijo e melhoro, por isso não cedo a avaliações externas, mesmo que considere umas quantas, porque também analiso bem menos os que se constroem como melhor lhes serve.

Será que ainda provoco dúvidas nos que creem saber sobre mim?

Quando e sempre que sinto que ainda tenho muito para viver e experimentar, começo pelo início, sem procurar demasiado longe pelo que seguramente estará perto. Tenho um formato bem mais definido, mas entendo os que não se definem para o conseguir ver, porque não é de todo simples olhar para o complexo, simplificando-o, ou aceitar o simples sem qualquer complexidade. 

Será que ainda poderei ser a pessoa certa de alguém que deseja parar de se acertar, por já ter o certo